A história do teatro de Belo Horizonte contada por quem viveu, experimentou e ainda se lembra de fatos e acontecimentos que tendem a se dissipar no tempo. “Primeiro Sinal - A história do teatro de Belo Horizonte – dos primórdios até 1980” foi ao encontro de artistas da capital mineira, valendo-se deles como fontes privilegiadas de pesquisa sobre a construção de uma cena teatral.
Para Leônidas Oliveira, Presidente da Fundação Municipal de Cultura, o lançamento do documentário em parceria com o Galpão Cine Horto é mais uma ação que reconhece a importância do teatro para Belo Horizonte. “Juntamente com o recente reconhecimento da história do teatro como Patrimônio Imaterial da cidade e a abertura da exposição ‘Terceiro Sinal’, no MHAB, a FMC cumpre seu papel de reconhecer e valorizar essa importante vertente artística exemplarmente rica e viva em Belo Horizonte”, conclui.
Os pioneiros amadores, as operetas no Teatro Francisco Nunes, a vanguarda do Teatro Marília, as primeiras escolas, a TV Itacolomi, os grandes espetáculos, a ditadura, a regularização e a profissionalização dos artistas são alguns dos temas que se apresentam por meio de conversas intimistas e reveladoras, de trajetórias pessoais que se entrecruzam com a história da arte teatral belorizontina.
Este “Primeiro Sinal” nasceu da simplicidade de uma ideia que cresceu, tomando o formato de um documentário que pretende se desdobrar em outros dois filmes, contando essa história até chegar aos dias de hoje.
O que era para ser um trabalho de produção de conteúdo para o Portal Primeiro Sinal, uma ação do CPMT – Centro de Pesquisa e Memória do Teatro do Galpão Cine Horto - acabou tomando amplitudes maiores. A partir de entrevistas gravadas com veteranos da história do tetro de Belo Horizonte, o CPMT percebeu a potência do material que estava sendo coletado e se propôs a uma iniciativa maior com o intuito de contribuir para o preenchimento de uma lacuna histórica de registros dessa história por meio da oralidade e da memória.
“Nossa ideia era fazer perfis de profissionais, pautadas nos processos artísticos, nas pesquisas, nas ações pedagógicas, formais ou informais de formação e construção de uma carreira dos artistas, mas também como professores. As gravações acabaram se transformando em um documentário de valor histórico porque são raros os documentos e registros que temos sobre o que se produziu e como viviam os artistas dessa época aqui na cidade”, relembra Vinícius de Souza, co-roteirista do documentário e coordenador das entrevistas.
Para Leônidas Oliveira, Presidente da Fundação Municipal de Cultura, o lançamento do documentário em parceria com o Galpão Cine Horto é mais uma ação que reconhece a importância do teatro para Belo Horizonte. “Juntamente com o recente reconhecimento da história do teatro como Patrimônio Imaterial da cidade e a abertura da exposição ‘Terceiro Sinal’, no MHAB, a FMC cumpre seu papel de reconhecer e valorizar essa importante vertente artística exemplarmente rica e viva em Belo Horizonte”, conclui.
Os pioneiros amadores, as operetas no Teatro Francisco Nunes, a vanguarda do Teatro Marília, as primeiras escolas, a TV Itacolomi, os grandes espetáculos, a ditadura, a regularização e a profissionalização dos artistas são alguns dos temas que se apresentam por meio de conversas intimistas e reveladoras, de trajetórias pessoais que se entrecruzam com a história da arte teatral belorizontina.
Este “Primeiro Sinal” nasceu da simplicidade de uma ideia que cresceu, tomando o formato de um documentário que pretende se desdobrar em outros dois filmes, contando essa história até chegar aos dias de hoje.
O que era para ser um trabalho de produção de conteúdo para o Portal Primeiro Sinal, uma ação do CPMT – Centro de Pesquisa e Memória do Teatro do Galpão Cine Horto - acabou tomando amplitudes maiores. A partir de entrevistas gravadas com veteranos da história do tetro de Belo Horizonte, o CPMT percebeu a potência do material que estava sendo coletado e se propôs a uma iniciativa maior com o intuito de contribuir para o preenchimento de uma lacuna histórica de registros dessa história por meio da oralidade e da memória.
“Nossa ideia era fazer perfis de profissionais, pautadas nos processos artísticos, nas pesquisas, nas ações pedagógicas, formais ou informais de formação e construção de uma carreira dos artistas, mas também como professores. As gravações acabaram se transformando em um documentário de valor histórico porque são raros os documentos e registros que temos sobre o que se produziu e como viviam os artistas dessa época aqui na cidade”, relembra Vinícius de Souza, co-roteirista do documentário e coordenador das entrevistas.
O documentário traça um panorama do que foi feito e do que existiu desde os anos iniciais de produção teatral em BH até os anos 80 e problematiza também a valorização dos artistas da capital mineira, de uma cidade que, até pouco tempo, não dava espaço para os próprios artistas que viam na busca por outras profissões ou outros rumos dentro do eixo de maior produção cultural como São Paulo e Rio de Janeiro como o caminho a ser tomado.
“O fato importante que se revela no documentário são os processos políticos de organização de classe, ainda sem regulamentação da profissão à época. São histórias de vida que dizem de uma cena profissional e artística contatas por meio de afetos, memórias e até mesmo esquecimentos”, conta o diretor Chico Pelúcio.
Rodolfo Magalhães, também diretor do documentário, ressalta a importância destes primeiros anos de construção da cena teatral. “Uma das coisas que mais me impressionou foi conhecer o pioneirismo estético e sensível nos precursores do teatro aqui em Belo Horizonte. Em um período de quase quarenta anos, foi criada uma base importante para sustentar este forte movimento que vemos hoje em Belo Horizonte. Por outro lado, outra coisa que ouvimos dentre vários pequenos casos incríveis foi que Belo Horizonte poderia ter sido o polo nacional de dramaturgia em audiovisual. Mas isso não aconteceu pela falta de visão de uma elite da cidade naquela época.”
Rodolfo Magalhães, também diretor do documentário, ressalta a importância destes primeiros anos de construção da cena teatral. “Uma das coisas que mais me impressionou foi conhecer o pioneirismo estético e sensível nos precursores do teatro aqui em Belo Horizonte. Em um período de quase quarenta anos, foi criada uma base importante para sustentar este forte movimento que vemos hoje em Belo Horizonte. Por outro lado, outra coisa que ouvimos dentre vários pequenos casos incríveis foi que Belo Horizonte poderia ter sido o polo nacional de dramaturgia em audiovisual. Mas isso não aconteceu pela falta de visão de uma elite da cidade naquela época.”
É o desconhecimento dessa história que o documentário pretende alardear. “Fala-se muito pouco do nosso teatro. Ele ainda é pouco conhecido e precisa ser revelado porque temos, de fato, episódios importantíssimos. As entrevistas nos revelaram, por exemplo, que a primeira montagem de Samuel Beckett no Brasil foi realizada aqui, por Jota Dângelo. As pessoas precisam saber disso, precisam conhecer essa história”, comenta Vinícius.
O Primeiro Sinal é um filme que fala também sobre a velhice, sobre o tempo de vida das pessoas e de sua relação com o teatro. O documentário traz o registro dos últimos depoimentos sobre o teatro de artistas como Raul Belém Machado, Ronaldo Boschi, Haydée Bittencourt e Neusa Rocha, falecidos recentemente.
“Fizemos entrevistas que se deixaram levar pela afetação. Baseavam-se na memória e na narrativa oral dos entrevistados, o que deixou transparecer o presente ao se falar do passado. Como estão todos esses profissionais hoje? Como enxergam toda essa história? Como olham para o teatro?”, comenta Vinícius.
Para Vinícius, foi uma surpresa perceber os movimentos de experimentação artística em pleno período de autodidatismo, quando não havia escolas de formação. “As trupes de fora passavam longas temporada por aqui e se hospedavam na casa dos artistas da cidade, contribuindo também pra uma rede informal de intercâmbio e troca de experiências. Descobrimos também curiosidades como o Stage-door, um bar que havia no Teatro Marília, um verdadeiro espaço de encontro e convívio entre os artistas”.
O Primeiro Sinal é um filme que fala também sobre a velhice, sobre o tempo de vida das pessoas e de sua relação com o teatro. O documentário traz o registro dos últimos depoimentos sobre o teatro de artistas como Raul Belém Machado, Ronaldo Boschi, Haydée Bittencourt e Neusa Rocha, falecidos recentemente.
“Fizemos entrevistas que se deixaram levar pela afetação. Baseavam-se na memória e na narrativa oral dos entrevistados, o que deixou transparecer o presente ao se falar do passado. Como estão todos esses profissionais hoje? Como enxergam toda essa história? Como olham para o teatro?”, comenta Vinícius.
Para Vinícius, foi uma surpresa perceber os movimentos de experimentação artística em pleno período de autodidatismo, quando não havia escolas de formação. “As trupes de fora passavam longas temporada por aqui e se hospedavam na casa dos artistas da cidade, contribuindo também pra uma rede informal de intercâmbio e troca de experiências. Descobrimos também curiosidades como o Stage-door, um bar que havia no Teatro Marília, um verdadeiro espaço de encontro e convívio entre os artistas”.
AGENDA DE EXIBIÇÃO DO DOCUMENTÁRIO
Novembro e Dezembro de 2014
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Data/Hora
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Local
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Telefone
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15/12, às 20h
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Galpão Cine Horto - Rua Pitangui, 3613 – Horto
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3481-5580
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17/11, às 19h
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C.C. Padre Eustáquio - Rua Jacutinga, 821, Padre Eustáquio
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3277-8394
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20/11, às 19h
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C.C. Alto Vera Cruz - Rua Padre Júlio Maria, 1577, Alto Vera Cruz
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3277-5612
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25/11, às 19h
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C.C. São Geraldo - Av. Silva Alvarenga, 548, São Geraldo
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3277-5648
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02/12, às 15h
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C.C. Salgado Filho - Rua Nova Ponte, 22, Salgado Filho
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3277-9625
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03/12, às 19h30
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C.C. Lindeia Regina - Rua Aristolino Basílio de Oliveira, 445, Regina
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3277-1515
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04/12, às 19h
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C.C. Vila Santa Rita - Rua Ana Rafael dos Santos, 149, Vila Sta Rita
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3277-1519
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05/12, às 19h
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C.C. Urucuia - Rua W3, 500, Urucuia
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3277-1531
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09/12, às 10h
|
C.C. Zilah Spósito - Rua Carnaúba, 286, Jaqueline-Zilah Spósito
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3277-5498
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10/12, às 16h
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C.C. Vila Marçola - Rua Mangabeira da Serra, 320, Serra
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3277-5250
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11/12, às 19h30
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C.C. São Bernardo - Rua Edna Quintel, 320, São Bernardo
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3277-7416
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12/12, às 14h
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C.C. Pampulha - Rua Expedicionário Paulo de Souza, 185, Urca
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3277-9292
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17/12, às 19h
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C.C. Jardim Guanabara - Rua João Álvares Cabral, 277, JG
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3277-6703
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18/12, às 19h
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C.C Vila Fátima - Rua São Miguel Arcanjo, 215, Vila N.Sª de Fátima
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3277-8193
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27/12, às 19h
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C.C. Venda Nova - Rua José Ferreira Santos, 184, Novo Letícia
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3277-5533
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