A redução da mortalidade materna, infantil e fetal no Brasil é ainda um desafio para os serviços de saúde e a sociedade civil como um todo. Uma das estratégias importantes para combater esse problema é a atuação conjunta de profissionais de saúde qualificados para desenvolver a vigilância de óbitos e de outros atores para exercer o controle social por meio dos comitês de mortalidade. Com esta premissa, o Centro de Estudos Miguel Murat de Vasconcellos da ENSP debaterá, no dia 17 de junho, a Vigilância do óbito materno, infantil e fetal e atuação em Comitês de Mortalidade. O encontro, marcado para 13h30, no salão internacional da Escola, receberá como expositores Célia Landmann Szwarcwald (pesquisadora do Icict/Fiocruz), Sônia Lansky (representante do Comitê de Prevenção do Óbito Materno, Fetal e Infantil da Secretaria Municipal de BH), Maria Esther Albuquerque Vilela (representante da coordenação-geral da Saúde das Mulheres do Ministério da Saúde) e Sonia Duarte de Azevedo Bittencourt (pesquisadora da ENSP). A atividade é aberta a todos os interessados e não é necessária inscrição prévia.
Este Ceensp será coordenado pelo pesquisador do IFF/Fiocruz Marcos Augusto Bastos Dias.
Ceensp em 2015
O Centro de Estudos Miguel Murat de Vasconcellos (Ceensp) é um importante espaço de atualização científica, com a troca permanente de experiências e conhecimentos entre pesquisadores de instituições do Brasil e de vários países, que vêm à Escola para debates com pesquisadores, alunos e demais interessados em contribuir com os diversos temas da saúde pública. O objetivo é apresentar e consolidar reflexões para a realidade de saúde pública e para o sistema de ciência e tecnologia. O Ceensp é um componente estratégico para a formação dos alunos, destinado à circulação de ideias e de diálogo com os diversos setores da saúde pública.
O primeiro encontro de 2015 teve como tema A crise no abastecimento de água. A atividade contou com a participação da pesquisadora do Departamento de Saneamento e Saúde Ambiental da ENSP, Bianca Dieile, da professora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Ana Lucia Nogueira de Paula Britto e do representando do Conselho Estadual de Recursos Hídricos do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), Décio Tubbs Filho.
O segundo Ceensp tratou do tema Medicamentos para doenças raras, eficiência econômica versus equidade social e teve como expositores os professores da Faculdade de Medicina da Uerj Denizar Vianna e Fernando Aith e a representante do Instituto Canguru Marlene Sturm.
A terceira atividade abordou os Indígenas nas estatísticas nacionais de saúde. Foram convidados para debater a questão os pesquisadores da Escola Andrey Moreira Cardoso e Carlos Coimbra Jr. e a pesquisadora do IBGE Nilza Pereira.
O quarto Ceensp, que aconteceu no dia 13 de maio, debateu o absenteísmo, ou seja, a falta ao trabalho e os motivos que levam os trabalhadores a se ausentar de seus empregos. Fatores psicossociais, como assédio, falta de reconhecimento, entre outros, foram listados como motivos desse fenômeno, que traz impactos para a economia e a saúde pública. Frida Fischer, da USP, e Lúcia Rotenberg, do IOC, foram as palestrantes.
A quinta atividade abordou a psiquiatria sob influência: corrupção institucional, danos sociais e proposições para reforma, reunindo Robert Whitaker, nome de destaque no jornalismo científico, e o pesquisador da ENSP/Fiocruz Fernando Ferreira Pinto de Freitas.
As reportagens sobre todos os Centros de Estudo, bem como o vídeo completo das palestras, estão disponíveis emwww.ensp.fiocruz.br/ceensp.