Anfitriã do Congresso IIAS 2015 (International Institute of Administrative Sciences), a Fundação Getulio Vargas reúne, em evento no Rio de Janeiro, especialistas de 50 países para discutir “A Confiança na Administração Pública”.
Realizado anualmente e inédito no Brasil, o encontro foi aberto pelo presidente da FGV, Carlos Ivan Simonsen Leal, que ressaltou a pertinência do debate entre gestores do país. “A FGV, que há 70 anos ensina Administração Pública, tem muito orgulho de receber esse evento que, pela primeira vez, acontece na América do Sul. A discussão sobre a confiança na Administração Pública é de suma importância no Brasil e em todas as partes do mundo”, declarou.
A mesa inicial contou com a presença de Francisco Dornelles, vice-governador do Rio de Janeiro e vice-presidente da FGV; de Bianor Cavalcanti, diretor internacional da FGV; e de Gleisson Rubin, presidente da Escola Nacional de Administração Pública (Enap). Geert Bouckaert, presidente do IIAS; Michel de Vries, presidente da IASIA (International Association of Schools and Institutes of Administration); Rolet Loretan, diretor geral do IIAS; e Marco Meneguzzo, relator geral do congresso, completaram a mesa.
“A confiança nos serviços públicos é fundamental. As pessoas precisam confiar nas escolas, no serviço oferecido nos hospitais, na polícia e nos tribunais. Sistemas em que os cidadãos confiam nos governos são mais eficientes e resultam em uma espiral positiva. As pessoas pagam seus impostos com mais confiança e ficam instigadas a trabalhar no serviço público e colaborar com toda a sociedade”, destacou Geert Bouckaert.
O professor Bianor Cavalcanti, principal articulador da vinda do congresso para o Brasil, acredita que o país atravessa uma crise de gestão pública e que esse debate pode colaborar para aprimorar os mecanismos da Administração em órgãos governamentais brasileiros. “O Brasil é um país complexo, grande, diversificado, que requer sistemas de gestão sofisticados para funcionar bem e, sobretudo, de capacidades de gestão de políticas públicas”, explica.
Até a próxima sexta-feira, dia 26 de junho, acadêmicos, servidores públicos, consultores, representantes de instituições multilaterais da África, América Latina, América do Norte, Ásia, Europa e Oceania estarão reunidos para debater a confiança dos cidadãos nos governos e deles com a sociedade; responsabilidade e transparência governamentais; corrupção, ética e legitimidade; e politização do serviço público, entre outros.
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