FOTOGRAFIAS

AS FOTOS DOS EVENTOS PODERÃO SER APRECIADAS NO FACEBOOCK DA REVISTA.
FACEBOOK: CULTURAE.CIDADANIA.1

UMA REVISTA DE DIVULGAÇÃO CULTURAL E CIENTÍFICA SEM FINS LUCRATIVOS
(TODAS AS INFORMAÇÕES CONTIDAS NAS PUBLICAÇÕES SÃO DE RESPONSABILIDADE DE QUEM NOS ENVIA GENTILMENTE PARA DIVULGAÇÃO).

quinta-feira, 17 de março de 2016

16a Patchwork Design e exposição Contemporâneo


EXPOSIÇÃO INTERNACIONAL DE PATCHWORK 
ACONTECE A PARTIR DE 31 DE MARÇO NO RIO DE JANEIRO
Evento vai reunir 78 trabalhos de 44 artistas brasileiros e americanos

Criada pelos egípcios para aquecer as armaduras dos guerreiros, o patchwork é hoje uma técnica reconhecida mundialmente. O trabalho com retalhos virou obra de arte. Todo o resultado da criatividade dos artesãos pode ser conferido na 16ª. Edição da Patchwork Design, que reúne uma feira especializada do setor têxtil e a Contemporâneo – Exposição Internacional de Arte Têxtil, de 31 de março a 2 de abril no Clube Monte Líbano (R. Borges de Medeiros, 701 – Lagoa – Rio de Janeiro).

A “Contemporâneo – Exposição Internacional de Arte Têxtil” vai apresentar 78 trabalhos de 44 artistas (36 artistas americanos de duas associações de arte têxtil contemporânea (CQA e HFD) e oito artistas brasileiros). As artesãs brasileiras chamam atenção para o desastre ambiental de Mariana ocorrido no ano passado. Cláudia Dias apresenta as obras “Nada Vive”, “Contaminação” e “Mortem”, onde retrata sua indignação com o uso de forma predatória da natureza. Jane Leonetti retrata a tragédia de Minas com a obra “Fragmentos da vida, sonhos e lama” e Maria Lúcia Ázara  faz um Tributo ao Rio Doce.

O meio ambiente está também na obra da americana Christina Brown, formada em Gravura e Design Gráfico pela Universidade de Washington, em Seattle. Ela combina o seu amor por cores e pela natureza para criar sua arte têxtil, usando as mídias digitais junto com desenho, pintura, impressão, tingimento e feltragem. Participa também da mostra a artista Sidnee Snell. O trabalho de Sidnee faz parte de coleções particulares e está exposta em galerias, museus e mostras locais, nacionais e internacionais, incluindo o Quilt Nacional 2003. A obra de Ann Johnston também estará presente. Ela é uma das mais conceituadas artistas plásticas especializadas em tingimento em tecido nos EUA, já tendo produzido arte têxtil por mais de 30 anos. Esses são alguns dos 78 trabalhos que marcarão presença na Exposição Internacional. Muitos desses trabalhos fazem parte de exposições Internacionais ou de acervo de museus como o Museu de Artes e Design, em Nova York, o QuiltStudy Center & Museum em Lincoln /Nebraska ou a QuiltNihon no Japão.

“A técnica está tão sofisticada que de longe os trabalhos parecem pintura, quase todas abstratas, mas quando se chega perto pode se ver as costuras e isso surpreendente o espectador”, afirma Zeca Medeiros, curador da exposição.

O patchwork só chegou ao Brasil na década de 60, quando foi descoberta por estilistas e decoradores. Nos anos 90 a técnica ganhou força e hoje o patchwork é cada vez mais reconhecido como obra de arte.

Segundo o curador Zeca Medeiros, “a exposição que completa 16 anos é importante para se fazer uma distinção entre peças utilitárias e obras de arte”.

O evento apresenta também uma feira de serviços e produtos que oferece desde a matéria prima até produtos acabados nos 45 estandes de expositores da indústria têxtil, como maquinários, livros, revistas, tecidos e produtos prontos.   

O crescimento da indústria do patchwork

No início do século XVII, o patchwork - peças feitas com pedaços de tecido que são costurados entre si – era apenas uma atividade familiar praticada por mulheres que teciam agasalhos e colchas.

A técnica ganhou o mundo e hoje em dia movimenta bilhões de dólares em vários países. Segundo levantamento realizado pela TNS Global Inc., só nos EUA o patchwork impulsiona uma indústria que movimenta US$ 3,6 bilhões, com mais de 21 milhões de adeptos.

Esse tipo de artesanato segue o crescimento do setor brasileiro de artigos têxteis que segundo o estudo desenvolvido pelo Instituto de Estudos e Marketing Industrial (IEMI), produziu 967 milhões de peças só em 2013 e faturou 13,6 bilhões, registrando um crescimento anual de 5,5%.

Nos últimos 15 anos o número de consumidores do patchwork aumentou tanto que motivou o surgimento de uma indústria nacional para atender exclusivamente esse mercado. Tecelagens fabricam tecidos com estampas próprias para o trabalho, editoras publicam livros e revistas sobre a técnica, indústrias de máquinas de costura criam novas tecnologias para atender o artesão, lojas especializadas e eventos espalhados por todo Brasil, abastecem milhares de consumidores e artesãos que vivem ou fazem dessa arte um hobby.

A 16ª edição da feira Patchwork Design vem mais uma vez, reunir micros e pequenas e grandes empresas com os lojistas e o consumidor final, a fim de alavancar direta e indiretamente o volume de negócios do setor.

- O mercado cresceu tanto que desde 2011 a Patchwork Design passou a acontecer também em São Paulo.  Em 2016 estão sendo esperados cerca de 20 mil visitantes nas duas cidades, 20% a mais que em 2015 e um faturamento de mais de R$ 6 milhões, afirma Zeca Medeiros, produtor do evento.

Zeca afirma também que a feira recebe visitantes de todo Brasil e da América Latina e que já existe um projeto de investimento para implantar a feira em mais uma cidade no Brasil, atualmente ela acontece em São Paulo e no Rio de Janeiro..

 SERVIÇO:
16ª.Patchwork Design e Contemporâneo – Exposição Internacional de Arte Têxtil com 78 trabalhos de 44 artistas americanos e brasileiros. 
Curadoria: Zeca Medeiros
Data: 31 de março a 2 de abril
Clube Monte Líbano - R. Borges de Medeiros, 701 – Lagoa/RJ