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quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

Retorno do otimismo melhora resultados do mercado de trabalho

Após recuar 3,1 pontos em dezembro, o Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (IBRE) subiu 5,6 pontos em janeiro, alcançando 95,6 pontos, o maior nível desde maio de 2010 (98,7 pontos). Na métrica de média móveis trimestrais, o indicador avançou 0,9 ponto.
Com uma evolução também favorável no mês, o Indicador Coincidente de Desemprego (ICD) recuou 1,0 ponto em janeiro, para 103,6 pontos. A queda interrompeu a sequência de quatro altas consecutivas, mas foi insuficiente para alterar a tendência de alta do indicador em médias móveis trimestrais.
“Os resultados do IAEmp foram puxados por um retorno do otimismo na indústria quanto ao futuro. Devem estar relacionados ao ciclo de redução da taxa de juros iniciado no ano passado pelo Banco Central (BACEN) e que ganhou força neste início de ano, devendo contribuir para uma aceleração cíclica da economia mais adiante, ao longo do ano. A queda observada no ICD representa uma estabilidade em um nível ainda elevado, enfatizando a situação difícil do mercado de trabalho atual. A possível melhora da economia no futuro ainda não parece influenciar a percepção de dificuldade atualmente presente no mercado de trabalho brasileiro”, afirma Fernando de Holanda Barbosa Filho, economista do IBRE.
Os componentes que mais contribuíram para a alta do IAEmp foram os indicadores que medem a expectativa com “situação dos negócios para os próximos seis meses e o ímpeto de contratações nos próximos três meses”, ambos da Sondagem da Indústria, com variações de 11,1 e 10,9 pontos, respectivamente.
Em relação ao ICD, a classe do consumidor que mais contribuiu para a queda do indicador foi o grupo dos consumidores que têm renda mensal familiar entre R$ 4.800,00 e R$ 9.600,00, cujo Indicador de percepção de facilidade de se conseguir emprego recuou 4,6 pontos.