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quinta-feira, 27 de abril de 2017

Pint of Science Brasil 2017

Um festival de divulgação científica sem fronteiras

Os cientistas vão invadir bares e restaurantes de 22 cidades brasileiras, conectados a um dos maiores eventos de divulgação científica do mundo, que acontecerá simultaneamente em mais 10 países 
Divulgar a ciência para o público em geral é o fio condutor de uma iniciativa que vai unir Brasil, Alemanha, Austrália, Canadá, Espanha, França, Irlanda, Itália, Japão, Reino Unido e Tailândia. Mais de 100 cidades espalhadas por esses 11 países realizarão simultaneamente, nos dias 15, 16 e 17 de maio, um dos maiores festivais de divulgação científica do mundo: o Pint of Science.

“Este ano, o evento se expandiu e alcançará 22 cidades em todo o Brasil”, revela a coordenadora nacional da iniciativa, Natalia Pasternak. O Pint of Science pode ser comparado a um grande festival de música, em que os artistas se apresentam simultaneamente em vários palcos a cada noite. Só que, nesse caso, em vez de artistas, há pesquisadores conversando com o público em restaurantes, cafés e bares. No lugar da música, a melodia que será ouvida nesses palcos está relacionada a biologia, computação, engenharia, estatística, filosofia, física, história, matemática, química, sociologia e muito mais.
 
“O Brasil é o primeiro país sul-americano a fazer parte do festival e o sucesso estrondoso de 2016 mostra que os brasileiros amam ciência e querem realmente matar sua sede de conhecimento”, destaca Michael Motskin, diretor e fundador do Pint of Science. O festival nasceu em 2013 na Inglaterra e chegou ao país em 2015, quando o Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP realizou o evento em São Carlos, no interior paulista, colocando o Brasil no mapa do Pint of Science.
 
Em 2016, a faísca da divulgação científica se espalhou por sete municípios brasileiros e, este ano, atingirá 10 cidades paulistas: Araraquara, Botucatu, Campinas, Piracicaba, Ribeirão Preto, Santos, São Caetano do Sul, São Paulo, São Carlos e Sorocaba. Além disso, a iniciativa chegará a municípios brasileiros localizados no Sul, no Nordeste e no Centro-Oeste: Belo Horizonte (MG), Blumenau (SC), Brasília (DF), Curitiba (PR), Dourados (MS), Florianópolis (SC), Goiânia (GO), Natal (RN), Porto Alegre (RS), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA) e Teresina (PI). 
 

O evento é gratuito no Brasil e as pessoas só pagarão o que consumirem nos locais em que acontecerão os bate-papos científicos. “A ciência brasileira enfrenta uma de suas maiores crises de financiamento e credibilidade. Por isso, divulgá-la nunca foi tão importante e tão urgente quanto agora”, explica a coordenadora nacional, que é doutora em genética molecular pelo Instituto de Ciências Biomédicas da USP.
Rede de voluntários – Em cada uma das 22 cidades brasileiras que realizarão o Pint of Science, existe um grupo de voluntários trabalhando para organizar os diversos bate-papos com os pesquisadores. Há um coordenador em cada cidade, bem como coordenadores regionais. O desafio deles é levar o conhecimento científico à população, de uma forma descomplicada, possibilitando que as pessoas esclareçam suas dúvidas diretamente com quem faz ciência. “Restaurantes, cafés e bares também são lugares adequados para os cientistas divulgarem suas pesquisas. Nosso objetivo é mostrar que, sem ciência, tecnologia e inovação, não existe desenvolvimento”, acrescenta Natalia.
De acordo com a coordenadora, o Pint of Science possibilita, ainda, que a população conheça como é o trabalho de um pesquisador, uma jornada repleta de encantos e desencantos, tal como a trajetória de qualquer outro profissional. Dessa forma, cria-se a oportunidade para o estabelecimento de uma comunicação mais informal, descontraída e humana entre os cientistas e a população: “É um momento para nos unirmos e fazermos um brinde à ciência, rompendo todas as fronteiras”.

A programação dos bate-papos que acontecerão nas 22 cidades brasileiras está disponível no site do evento. Em âmbito nacional, o festival é patrocinado pela Pró-Reitoria de Pesquisa da USP, eScience Unicamp, Galoá, Verakis, e por quatro Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID), financiados pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP): o Centro de Ciências Matemáticas Aplicadas à Indústria; o Centro de Pesquisa e Inovação em Biodiversidade e Fármacos; o Centro de Pesquisa, Educação e Inovação em Vidros; e o Centro de Pesquisa em Obesidade e Comorbidades.