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terça-feira, 18 de novembro de 2014

Lançada a plataforma política “Juventudes contra Violência”

O Fórum das Juventudes realizou, na noite do dia 12 de agosto, o lançamento da plataforma política Juventudes contra Violência. O evento aconteceu na Casa dos Jornalistas de Minas Gerais e reuniu cerca de 150 pessoas, entre jovens, integrantes de grupos parceiros do Fórum, representantes do poder público, candidatos/as e membros de partidos políticos. A data também marcou as comemorações do décimo aniversário do Fórum, criado em agosto de 2004, e do Dia Internacional da Juventude, estabelecido pela ONU em 1999. Fruto de um intenso processo colaborativo entre coletivos, movimentos e entidades com atuação no campo das juventudes e direitos humanos, a plataforma Juventudes contra Violência estabelece 10 pautas prioritárias para que sociedade civil e governos se comprometam com o enfrentamento às violações de direitos sofridas pela população jovem.
O primeiro momento foi conduzido pelo professor e pesquisador Juarez Dayrell e pela cientista social Áurea CarolinaFreitas, que refletiram sobre momentos significativos ligados à história do Fórum. Naquela época, ressaltou a dupla, o debate sobre os direitos da população jovem era bastante incipiente, e os movimentos juvenis se esforçavam para inserirem suas pautas de reivindicação na agenda política. Juarez destacou alguns eventos importantes para a consolidação do coletivo: o Fórum Social Mundial e o I Fórum Social Brasileiro, ambos em 2003, e a I Conferência Nacional de Juventude, que aconteceu em 2008. “Nossos esforços se voltavam à institucionalização de políticas públicas para esse segmento e à criação de um espaço de interlocução com o poder público”, explicou Juarez, um dos fundadores do Fórum e também do Observatório da Juventude, programa de ensino, pesquisa e extensão vinculado à Faculdade de Educação da UFMG.
A ativista Áurea Carolina Freitas, que integra o Fórum desde sua criação, lembrou que, no ano de 2004, a principal preocupação do grupo era pressionar o poder público a explicitar quais seriam as políticas públicas de juventude na capital e em cidades da Região Metropolitana. “Nos anos seguintes, buscamos criar espaços de convergência e formular pautas comuns entre os diversos coletivos, movimentos e entidades que compunham o Fórum. Discutíamos, principalmente, o direito à cidade e sua importância para acessar outros direitos”, completou Áurea. Ela lembrou que a plataforma política Juventudes contra Violência é resultado do acúmulo e da experiência do Fórum com ações de mobilização, articulação e incidência política. “Nossa intenção é contribuir para que os candidatos e candidatas se informem sobre esses temas e assumam os compromissos propostos. Junto à sociedade civil, queremos estimular ações de articulação e mobilização”, realçou Áurea.
Processo colaborativo
Na sequência, uma das representantes do Observatório da Juventude da UFMG no Fórum, Priscylla Ramalho, apresentou brevemente o processo de construção da plataforma e realçou o caráter colaborativo da iniciativa, que é fruto de uma articulação entre mais de 40 ativistas atuantes no campo das juventudes e dos direitos humanos em diferentes regiões do país. Priscylla destacou que incidir no processo eleitoral não é o único objetivo da plataforma: “esperamos levar essas pautas a muitos outros setores da sociedade civil, além de ampliar o diálogo com o poder público”.

Nesse momento, o grupo também apresentou as possibilidades de adesão à plataforma. Ativistas autônomos/as, grupos da sociedade civil organizada e candidatos/as podem manifestar seu apoio à iniciativa preenchendo um formulário específico na página web da plataforma, o que implica em um comprometimento integral com os 10 eixos programáticos. Os nomes dos/as apoiadores/as serão publicizados em diferentes seções desse website.
Além disso, grupos, coletivos e organizações da sociedade civil em todo o país podem realizar atividades livres que dialoguem com os conteúdos da plataforma, como debates, seminários, rodas de conversa e saraus de poesia.
Clique aqui para apoiar a plataforma Juventudes contra Violência.
Eixos temáticos


Outro momento importante do encontro foi a apresentação dos dez eixos programáticos da plataforma por integrantes do Fórum. São eles: Acesso à Justiça; Direito à Cidade; Democratização das Comunicações; Enfrentamento ao Genocídio da Juventude Negra; Fortalecimento da Democracia Participativa; Fortalecimento do Sistema Socioeducativo; Políticas Sociais; Novo Modelo de Segurança Pública e Desmilitarização das Polícias. Além de uma análise crítica sobre o contexto ligado a essas pautas, as apresentações destacaram algumas das propostas sugeridas para melhorar a vida dos/as jovens.
Acesse aqui os os dez eixos programáticos da plataforma.