Todo o mês de maio lembramos da libertação dos escravos; Princesa Isabel; situação dos negros no Brasil; trabalho infantil; sub-emprego etc. Este texto coloca em pauta essa questão e reflete sobre as formas de escravidão a que somos submetidos todos os dias.
Desde os primórdios dos tempos, o homem tem escravizado outros homens, a fim de satisfazer suas necessidades de mão-de-obra e, principalmente, para demonstrar e aumentar seu poder.
As grandes civilizações tiveram a mão de obra escrava como seu principal meio de produção. Na antigüidade podemos citar como exemplo mais claro, o Império Romano, que chegou a ter mais escravos do que cidadãos Romanos.
Nos tempos modernos podemos citar nosso colonizador, Portugal, que desenvolveu o maior e mais lucrativo empreendimento escravista da época. O sistema econômico implantado no Brasil e em outras colônias portuguesas, fez do comércio de negros africanos, homens e mulheres, um meio eficaz de atingir o lucro rápido e fácil.
Mas, após a libertação dos escravos no Brasil (último local a manter esse tipo de mão-de-obra), pode-se que dizer acabou a escravidão?
O trabalho de homens, mulheres e crianças nas fábricas inglesas, no auge da Revolução Industrial, não pode ser considerado escravismo?
Focalizando os nossos dias, ainda podemos citar formas de escravidão? Cabe a pergunta: como os produtos "made in Taiwan", que nós compramos a preços baixos, podem ser tão baratos. Qual o tipo de mão-de-obra utilizada nessa produção?
Além da escravidão física, isto é, utilização de mão-de-obra nas fábricas, nas usinas, nas carvoarias, no campo etc., existem outras formas de escravidão?
A mídia desempenha diariamente um papel massificador. Através da propaganda ela ordena, consuma!!! "Faça como as pessoas bem sucedidas, seja um deles." Consuma e descarte. Quanto "custa" consumir? Para onde vai o que você descarta e quais as conseqüências disso ao ambiente?
Isso é, ou não, escravidão?
Sugestão de atividades
- Pesquisa das formas de escravismo através da história;
- pesquisa das propagandas mais vinculadas na televisão, revistas, jornais, "out doors", a fim de perceber quais produtos tem maior investimento, mais apelo etc. ;
- situação dos negros no país (sócio-econômica, política, cultural etc.);
- para onde vão os descartes resultantes do consumo excessivo (ex.: latas de refrigerantes, "pets", fraldas descartáveis etc.), como meio de incentivar a redução de consumo.
Essas atividades tem como objetivo levar o aluno a:
- compreender e analisar de modo crítico as formas de escravidão através da história até os dias atuais;
- analisar criticamente a massificação feita pela propaganda, que leva a sociedade ao consumo exagerado;
- compreender a importância de se reduzir o consumo.