Ligia Paula Pires Pinto, coordenadora do Grupo de Estudos em Direito, Gênero e Identidade da Escola de Direito de São Paulo (FGV Direito SP) participou do seminário “Mulheres, Empresas e o Direito: Uma análise de avanços e desafios à participação feminina na economia”, na Escola Superior de Empreendedorismo (ESE), em São Paulo, no dia 8 de agosto.
O encontro, organizado pelo Banco Mundial, FGV e Sebrae, também contou com as participações de Junia Nogueira de Sá, fundadora da Rede Mulher Empreendedora, Renata Malheiros, coordenadora nacional de projetos de empreendedorismo do Sebrae, e Paula Tavares, advogada especialista sênior em Direito da Mulher do Banco Mundial.
Em relação ao empreendedorismo feminino, a pesquisadora avaliou que, apesar de ser um dos países mais empreendedores do mundo, o Brasil não oferece condições para que as mulheres sejam bem-sucedidas em seus projetos.
“As mulheres hoje correspondem a 51% dos empreendedores brasileiros, segundo dados do Sebrae, no entanto os negócios liderados por mulheres faturam 22% menos que os dos homens. Isso se deve ao menor tempo de dedicação que elas exercem devido à jornada tripla de trabalho”, explica.
Por meio da exposição de uma série de dados, Ligia concluiu também que o Brasil está muito atrás em termos de desenvolvimento de uma legislação que regule e proteja de forma adequada uma licença parental.