Quinze trios elétricos animaram os participantes da 16ª Parada do Orgulho LGBT (sigla para lésbicas, gays, bissexuais, transexuais e travestis) que ocorreu neste deste domingo (9), na Praia de Copacabana, zona sul do Rio de Janeiro. Este ano o público aproveita a passeata para fazer um apelo: pedir um combate mais efetivo à violência contra os homossexuais. Os organizadores pediram que os participantes se vestissem de branco, como forma de protesto.
Segundo Julio Moreira, presidente do Grupo Arco-Íris, organização não governamental que promoveu a parada, o tema deste ano - Somos Todos Iguais perante a Paz: Toda Forma de Violência Deve Ser Crime - tem por objetivo pressionar o Congresso Nacional a aprovar leis contra a homofobia.
“O Congresso Nacional até hoje não aprovou nenhuma lei que torne crime a homofobia, como existe uma lei que pune o racismo. É uma questão crucial essa lei ser aprovada, tendo em vista que, a cada dois dias, um homossexual é assassinado no Brasil e o índice de assassinatos vem aumentando anualmente”, disse.
O analista financeiro Geraldo Furtuoso veio de São Paulo especialmente para a parada carioca. Segundo ele, é a terceira vez que participa da passeata. “Tem que haver medidas muito severas quanto a isso. Em São Paulo, a cada 15 dias, há um crime de homofobia. Se não criarem uma lei que puna o agressor, ele vai continuar fazendo isso. É um absurdo”.
Elizabeth Procópio participa da parada LGBT há sete anos. “Eu participo mais para apoiar, para ajudar a combater a homofobia, a violência contra os homossexuais. Tenho familiares e amigos que são gays. Acho interessante a sociedade se reunir e participar. Acho que, no século 21, não cabe mais preconceito”, disse.
Além dos trios elétricos o evento conta com tendas onde estão sendo distribuídos preservativos e materiais informativos sobre cidadania e doenças sexualmente transmissíveis.
O Núcleo de Defesa da Diversidade Sexual e Direitos Homoafetivos da Defensoria Pública do estado também colocou à disposição dos participantes um ônibus para emitir segunda via de documento de identidade e prestar orientação jurídica. 350 guardas municipais e 450 policiais militares deverão participar do esquema de segurança, junto com 380 seguranças privados cotratados pelo Grupo Arco-Íris.