Abre dia  27 de fevereiro, no Centro Cultural Banco do  Brasil, a elogiada  retrospectiva “Anticorpos – Fernando & Humberto Campana  1998-2009?.  A mostra, que fica em cena até 6  de maio, tem curadoria de Mathias  Schwartz-Clauss,  do Vitra Design Museum, na Alemanha, e já rodou alguns  países europeus e também  passou por Brasília e São Paulo. Entre os  destaques da exposição estão a  Poltrona Vermelha (que projetou a dupla  internacionalmente), as poltronas  Banquete e Favela e o sofá Kaiman.
“Anticorpos”  conta com mais de 60 peças de mobiliário, além  de luminárias, joias,  figurinos, objetos de decoração, desenhos,  maquetes de arquitetura e  também parte da  coleção pessoal dos Campana. Reverenciados em todo o  mundo, os irmãos paulistas  são conhecidos pela irreverência de suas  criações e a variedade de materiais que  usam para fazer os trabalhos,   de bichinhos de pelúcia à cordas, papelão,  garrafas pet e plástico.  Antes da onda de sustentabilidade virar moda, eles já  reciclavam  materiais descartáveis, tranformando-os em verdadeiras obras de  artes.
Mais do  que designers, os dois hoje são considerados  grandes artistas. Já   fizeram, por  exemplo, cenários e figurinos para o Ballet National de  Marseille e o musical  Peter and the Wolf, encenado em Nova Iorque.   Inventaram, literalmente, novas modas para marcas famosas  Grandene e  Lacoste. Criaram joias para a HStern.
Produzida  na Alemanha, a mostra reúne peças de  colecionadores do mundo todo e  também do Estúdio Campana, localizado no bairro  paulista de Santa  Cecília. As criações da dupla integram coleções permanentes   de  insituições importantes como as  do MAM, de São Paulo, do Centre Georges  Pompidou, em Paris, e do MoMA, de Nova  Iorque, em cujo acervo está a  famosa Poltrona Vermelha.
A  retrospectiva reconta  um pouco da trajetória dos irmãos em diferentes  módulos, entre eles,  Fragmentos, Objetos Trouvés,  Varetas, Planos  Flexionados, Objetos de Papel,  Agrupamentos e Orgânico.
