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sábado, 11 de fevereiro de 2012

Exposição Tarsila do Amaral- Percurso Afetivo

O Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB-RIO) inaugura no dia 13 de fevereiro a exposição “Tarsila do Amaral – Percurso Afetivo”. Serão 87 obras, entre pinturas, desenhos, objetos e gravuras (a única série que é reconhecida como sendo da artista) que ocuparão todo o segundo andar da Instituição. A mostra também marca o fim de um jejum de 43 anos em que o Rio de Janeiro não recebia uma individual da artista.
A ideia central para “Tarsila do Amaral – Percurso Afetivo” surgiu a partir da descoberta do Diário de Viagens – preciosidade em poder da família da artista. É documento de caráter íntimo, e possibilita essa intromissão bem-vinda nos aspectos mais particulares da vida de Tarsila do Amaral. O conceito curatorial se baseou a partir do Diário e foi reunido o maior número possível de obras para um percurso emocional, afetivo e único para aquela que Oswald de Andrade chamava de “caipirinha vestida por Poiret”.
“Para esta mostra não foram considerados os períodos – Pau-Brasil, Antropofágico e Social – habitualmente identificados na obra de Tarsila. O enfoque dado, em primeiro lugar, foi intimista; depois, temático e, quando possível, cronológico. Há um proposital e aparente caos, planejado para que o visitante possa sentir-se mais próximo da vida da artista e admire as obras individualmente, livres de classificações mais rígidas”, explica Antonio Carlos Abdalla, curador da mostra, que também tem Tarsilinha do Amaral (sobrinha-neta de Tarsila) como curadora pela família da artista.
Uma ousadia finaliza o percurso: a inclusão da pouco mostrada segunda versão de A Negra (que a artista deixou inacabada) sugere de continuidade para a leitura de seu trabalho e abertura para inúmeras possibilidades de interpretação da obra fundamental de Tarsila do Amaral que permanece, assim, em aberto.
Além das obras, a mostra tem uma programação paralela que vai aproximar ainda mais o público da grande artista do modernismo brasileiro. No dia 14 de março, acontece um concerto organizado por Anna Maria Kieffer, no Teatro 2 do CCBB. Dentre as músicas apresentadas destacam-se obras dedicadas a Tarsila do Amaral e a Oswald de Andrade, como Choros nº 3, de Heitor Villa-Lobos, ou a ela oferecidas em manuscrito com dedicatória, como a série dos já citados Ludions, do compositor francês Eric Satie, e de Viola Quebrada, melodia e texto de Mário de Andrade, arranjada por Villa-Lobos a ela oferecida pelo próprio Mário. Já nos dias 15 e 16 de março acontecem debates com a participação de Aracy Amaral, Maria Alice Milliet, Camilo Osório e Fernando Cocchiarali.
Tarsila teve três mostras individuais no Rio de Janeiro: em 1929 e 1933, no Palace Hotel e em 1969, no Museu de Arte Moderna. Grande número das obras presentes nessas mostras voltará à cidade, para o CCBB. Mais de 80 obras se reúnem nesta importante exposição, com destaque para: Antropofagia (onde duas das obras emblemáticas da artista se entrelaçam – A Negra e o Abapuru, 1929); Carnaval em Madureira (1924); Manacá (1927); O touro (c. 1925); A feira III (1953); São Paulo (1924); Urutu (1928); Lagoa Santa (1925); Cartão postal (1929); O sapo (1928); Sol poente (1929); O sono (1928); A feira II (1925); Composição – Figura só (1930); O mamoeiro (1925); Morro da favela (1924) e O lago (1928), entre várias outras.
A exposição Tarsila do Amaral – Percurso Afetivo é produzida pela Cult Arte e Comunicação que já realizou mostras importantes como Anita Malfatti – 120 anos de nascimento, Carlos Oswald – O resgate de um mestre, Niobe Xandó – Mostra Antológica, O Jardim Monumental de Burle Marx, Marcello Grassmann – sombras e sortilégios, entre outras.

A curadoria:

Antonio Carlos Abdalla é especialista em museologia, curador e pesquisador em artes visuais. Foi curador do Museu BANESPA entre 1991 e 1995. Organizou mais de 160 eventos e exposições. Além das exposições históricas de Raquel de Queiroz, Jorge Amado e Santos Dumont, Abdala trabalhou os seguintes artistas em curadorias, pesquisas e livros: Aldemir Martins, Alice Brill, Ana Elisa Dias Baptista, Ângela Leite, Antonio Maschio, Arcângelo Ianelli, Arriet Chahin, Burle Marx, Camilo Thomé, Carlos Zibel, Cássio Vasconcellos, Cláudio Mubarac, Cláudio Pastro, Darel, Eduardo Longman, Eduardo Muylaert, Ely Bueno, Emanoel Araújo, Ermelindo Nardim, Ernesto Bonato, Fernando Odriozola, Francisco Maringelli, George Gutlich, Gisela Eichbaum, Hans Georg, Heitor dos Prazeres, Helena Freddi, Hélio Schonmann, Jacques Douchez, Juan Esteves, Marcello Grassmann, Marcelo Soubhia, Marco Buti, Maria Bonomi, Mário Gruber, Marysia Portinari, Niobe Xandó, Nori Figueiredo, Norma Mobilon, Odetto Guersoni, Odires Milázho, Reynaldo Fonseca, Sérgio de Moraes, Sonya Grassmann, Stefan Schmeling, Ulisses Bôscolo, Valdeir Maciel, Vania Toledo e Vera Goulart.

Tarsila do Amaral – Percurso Afetivo
87 obras: pinturas, desenhos, gravuras e objetos pessoais.
Curadoria: Antonio Carlos Abdalla
Curadoria pela família: Tarsila do Amaral
Abertura para convidados: segunda-feira, 13 de fevereiro. Exposição: de 14 de fevereiro a 29 de abril.
Concerto Tarsila Musical: quarta-feira, 14 de março. Teatro 2. Capacidade 155 lugares. Entrada grátis – É necessário retirar senha 1 hora antes do inicio da programação.
Debates: quinta-feira, 15 de março e sexta-feira, 16 de março. Auditório 4º andar. Capacidade: 64 lugares. Palestrantes: Aracy Amaral, Maria Alice Milliet, Camilo Osório e Fernando Cocchiarali. – Entrada grátis – É necessário retirar senha 1 hora antes do inicio da programação.


Centro Cultural Banco do Brasil – CCBB Rio de Janeiro
Rua Primeiro de Março, 66.
Informações: (21) 3808-2020 – www.bb.com.br/culturawww.twitter.com/ccbb_rj – www.facebook.com/ccbb.rj
De terça-feira a domingo, de 9h às 21h
Entrada gratuita