Palestra nesta quinta-feira, 20 de novembro, enfoca a trajetória de Marília de Dirceu. Seminário no
sábado, dia 22, promove palestras, performance artística e outras atividades. A entrada é gratuita
sábado, dia 22, promove palestras, performance artística e outras atividades. A entrada é gratuita
O dia 18 de novembro de 2014 marca o bicentenário de morte do mestre do barroco mineiro Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho. Para prestar homenagem à obra do artista e ao contexto artístico-cultural de Minas Gerais durante o período colonial, o MM Gerdau - Museu das Minas e do Metal, no Circuito Cultural Praça da Liberdade, promove nesta quinta-feira, 20 de novembro de 2014, às 19h30, a palestra “Marília de Dirceu e a efervescente Ouro Preto do século XVIII” com a jornalista e escritora Staël Gontijo. Como parte da 37ª Semana do Aleijadinho, haverá no sábado, 22 de novembro, de 14h às 18h, seminário com palestras, performance artística, exibição de documentário e lançamento de livro sobre a exposiçãoAleijadinho 200 Anos: Tributo de Bracher, do artista plástico Carlos Bracher, que fica em cartaz no Museu até domingo, 23 de novembro. A entrada é franca.
A palestra de Staël Gontijo – dentro da atração Língua Afiada, da programação cultural Toda Quinta e Muito Mais... do Museu –, enfocará a vida privada na Vila Rica do século XVIII – durante a época áurea da arte barroca – com enfoque em Maria Dorothea Joaquina de Seixas (1767-1853), aMarília de Dirceu, considerada a musa da Inconfidência Mineira. Ela conviveu com os inconfidentes, artistas como Aleijadinho e Mestre Ataíde e foi imortalizada na obra Marília de Dirceu, escrita por seu admirador, o poeta e inconfidente Thomaz Antônio Gonzaga, um dos principais nomes do Arcadismo na literatura brasileira e de quem ficou noiva. No entanto, em 23 de maio de 1789, Thomaz foi preso por participação no movimento separatista mineiro, e ela nunca mais tornou a vê-lo.
Para Staël, Marília de Dirceu mexeu com os pilares do sistema colonial em Minas Gerais. “Além do seu envolvimento com a arte, principalmente o barroco e a literatura, Marília marca a história como mulher politizada e de largo conhecimento, o que vai de encontro aos costumes da época. Ela enfrentou muitos preconceitos: o sexual, como uma mulher que viveu 85 anos de um século que se pautou pelo machismo; o social, como noiva de um ‘traidor’, e depois como solteirona reclusa em seu mundo de perdas, e o religioso, que a confinou à solidão de uma vida casta”, explica.
Autora do livro Marília de Dirceu – A musa, a inconfidência e a vida privada na Ouro Preto do século XVIII, a escritora mineira é também jornalista especializada em roteiro e imagem. Realizou documentários sobre Cuba e o Rio São Francisco. É assessora de comunicação institucional e correspondente da revista espanhola Scapada. A obra Cogumelo de Espuma – Os bastidores de uma política que mata foi seu romance de estreia na literatura.
Seminário
Dentro das atividades da 37ª Semana do Aleijadinho, um seminário no sábado, 22 de novembro, das 14h às 18h contempla diversas atividades, entre elas a palestra com o médico Geraldo Barroso, participante da última exumação dos restos mortais de Aleijadinho e que abordará os aspectos controversos de sua doença. Autor do livro Doenças e mistérios de Aleijadinho (Lemos Editorial, 2005), Barroso contará sobre o processo de pesquisa e o difícil diagnóstico retrospectivo, fundamentado em relatos e biografias documentadas à época em que viveu o artista. Em outras duas palestras, o arquiteto, professor e historiador Alexandre Mascarenhas falará sobre as moldagens de gesso como instrumento de proteção, preservação e perpetuação da obra de Antônio Francisco Lisboa, e o escultor Luciomar de Jesus destacará o legado de Aleijadinho nas artes contemporâneas, bem como fará uma performance com argila.
Além disso, os passos da performance de Carlos Bracher – que resultou na exposição Aleijadinho 200 Anos: Tributo de Bracher, com 80 telas produzidas a partir das principais obras de Antônio Francisco Lisboa –, foram registrados no documentário inédito Nos passos de Aleijadinho, deFrederico Tonucci, ambientado nas cidades por onde ele passou, e no livro Aleijadinho: 200 Anos (Editora Graphar), organizado por Paulo Lemos e que apresenta imagens e artigos escritos por especialistas. Ambos serão apresentados durante o seminário. Para participar do evento é necessário fazer inscrição pelo e-mail 37semanadoaleijadinho@gmail. com.
Semana do Aleijadinho
Em uma iniciativa da Paróquia de Nossa Senhora da Conceição, em Ouro Preto, a Semana do Aleijadinho foi criada em 1968, mesmo ano de fundação do Museu Aleijadinho. O evento tem a finalidade de homenagear o grande ícone do Barroco Mineiro, contribuindo para a preservação da memória artística, histórica e cultural do estado e a valorização de artistas contemporâneos. A programação, que tradicionalmente acontece em Ouro Preto, neste ano chega às cidades de Belo Horizonte – com programação também na sede da Imprensa Oficial de Minas Gerais –, Congonhas, Tiradentes, São João del-Rei, Mariana e Sabará, com atividades em novembro. Outras informações em www.semanadoaleijadinho.com.br .
Carlos Bracher
Pintor, desenhista, escultor e gravador, nasceu em Juiz de Fora em 1940. Frequentou, em 1959, a Sociedade de Belas Artes Antônio Parreiras em sua cidade natal. Em Belo Horizonte, foi aluno de Fayga Ostrower na UFMG em 1965 e 1966. Estudou técnicas de mural e mosaico com Inimá de Paula na Escola Municipal de Belas Artes. Em 1967, recebeu o prêmio de viagem ao exterior do Salão Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro. Foi para a Europa, fixando-se em Paris e Lisboa, onde estudou pintura e expôs em galerias locais. Retornou ao Brasil em meados de 1970, quando passou a residir em Ouro Preto. Em 1989, foi realizada a exposição retrospectiva de seus 30 anos de trabalho, intitulada Pintura Sempre, em Belo Horizonte, São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Curitiba. No ano seguinte, pintou uma série de quadros em homenagem ao centenário da morte do pintor holandêsVincent van Gogh, que foi exposta em várias galerias e museus do Brasil e exterior. Já foram lançados vários livros sobre sua obra, entre eles, Bracher(Métron, 1989), do crítico Olívio Tavares de Araújo, e Bracher: Do ouro ao aço (Salamandra, 1992).
Aleijadinho
Nascido em Ouro Preto, então Vila Rica, por volta de 1737 – não há um registro oficial de seu nascimento –, Aleijadinho morreu na mesma cidade em 18 de novembro de 1814. Filho do mestre de obras e arquiteto português Manuel Francisco Lisboa e sua escrava Isabel, desde criança mostrava dom para a arte. Aos 40 anos, foi acometido de uma doença degenerativa nas articulações, o que o deixou fisicamente debilitado e motivo pelo qual ganhou o apelido. Em suas intervenções artísticas, Antônio Francisco Lisboa usou diversos tipos de materiais, como a madeira e a pedra-sabão, além de misturar vários estilos barrocos. Toda a sua obra foi realizada em Minas Gerais, especialmente nas cidades de Ouro Preto, Sabará, São João del-Rei e Congonhas. Os principais monumentos que contêm seus trabalhos são a Igreja de São Francisco de Assis, em Ouro Preto, e o Santuário Bom Jesus de Matosinhos, em Congonhas.
Realizada por meio das leis Estadual e Federal de Incentivo à Cultura, com patrocínio da Gerdau e da Vale, a 37ª Semana do Aleijadinho é uma realização do Museu Aleijadinho e da Editora Graphar - Ouro Preto. Já a programação Toda Quinta e Muito Mais..., do MM Gerdau – Museu das Minas e do Metal, é realizada por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, com patrocínio da Gerdau.
SERVIÇO
Língua Afiada – Marília de Dirceu e a efervescente Ouro Preto do século XVIII, com Staël Gontijo
- Data: 20 de novembro de 2014, quinta-feira
- Local: MM Gerdau - Museu das Minas e do Metal
- Horário: 19h30
- Entrada franca
37ª Semana do Aleijadinho – Seminário com palestras, performance artística, exibição de documentário e lançamento de livro sobre o projetoAleijadinho 200 anos: Tributo de Bracher
- Data: 22 de novembro de 2014, sábado
- Local: Auditório Bateia – MM Gerdau - Museu das Minas e do Metal
- Horário: 14h às 18h
- Inscrições gratuitas pelo e-mail 37semanadoaleijadinho@gmail.
com
37ª Semana do Aleijadinho – Exposição Aleijadinho 200 Anos: Tributo de Bracher, com 30 obras de Carlos Bracher
- Período: 1º a 23 de novembro de 2014
- Local: Praça de Convivência – MM Gerdau - Museu das Minas e do Metal
- Horário: Terça a domingo, das 12h às 18h (quinta, das 12h às 22h)
- Entrada franca
MM Gerdau - Museu das Minas e do Metal
Com 18 salas e 44 atrações, o MM Gerdau abriga um importante acervo sobre mineração e metalurgia. Usa recursos tecnológicos para destacar, de forma lúdica e interativa, a importância dos metais e minerais no cotidiano das pessoas. Além disso, marca a relação entre a história e as expressões culturais de Minas Gerais com a riqueza de seus recursos naturais. O Museu foi aberto ao público em 22 de junho de 2010 e desde 1º de dezembro de 2013 está sob a gestão da Gerdau, líder no segmento de aços longos das Américas e uma das principais fornecedoras de aços especiais no mundo. O MM Gerdau integra o Circuito Cultural Praça da Liberdade e ocupa o antigo edifício da Secretaria de Estado da Educação, inaugurado em 1897 e tombado pelo Iepha/MG. O projeto de ampliação e adequação do prédio é do arquiteto Paulo Mendes da Rocha. A museografia é assinada por Marcello Dantas. O MM Gerdau - Museu das Minas e do Metal tem o certificado de excelência do TripAdvisor e foi a primeira instituição museológica do Brasil a receber a certificação do Instituto Herity em gestão da qualidade do patrimônio cultural.
Endereço: Praça da Liberdade S/N, Prédio Rosa - Funcionários
Telefone: (31) 3516-7200
Funcionamento: Terça a domingo, das 12h às 18h (quinta, das 12h às 22h)
Entrada franca