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quinta-feira, 9 de abril de 2015

“Política Urbana Agora” debate aplicação da função social da propriedade urbana prevista na Constituição

Criado pelo Centro de Pesquisa Jurídica Aplicada (CPJA) da Escola de Direito de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (FGV Direito SP) para estimular a sociedade brasileira a discutir os modos de ocupação da cidade e os seus reflexos na desigualdade de acesso à moradia e serviços públicos e privados, o programa “Política Urbana Agora” apresenta, em sua primeira edição, um debate sobre a aplicação do parcelamento e edificação compulsórios. Este é um dos instrumentos previstos na Constituição Federal de 1988, que tem como objetivo induzir o uso efetivo dos imóveis e dificultar a especulação e a ociosidade nos municípios brasileiros.
O PEUC, sigla pela qual é chamado o parcelamento, edificação e utilização compulsórios, está em processo de implementação no município de São Paulo, que desde outubro de 2014 passou a notificar os proprietários que não oferecem a destinação adequada ao seu imóvel para que apresentem um plano de utilização. Previsto no artigo 182 da Constituição, o PEUC é um dos três instrumentos de política urbana criados para garantir a função social da propriedade, ao lado do IPTU progressivo no tempo e da desapropriação.
Com mediação do pesquisador do CPJA Thiago Acca, o “Política Urbana Agora” convidou para debater a aplicação do PEUC no município paulista o diretor do Departamento de Controle da Função Social da Prefeitura de São Paulo, Fernando Bruno Filho, e a coordenadora auxiliar do Núcleo de Habitação e Urbanismo da Defensoria Pública do Estado de São Paulo, Marina Costa Craveiro Peixoto. Ao longo dos próximos meses, o programa trará ao debate diversos atores envolvidos na política urbana, como gestores, sociedade civil, urbanistas, sociólogos, antropólogos, arquitetos e juristas.
De acordo com o pesquisador Thiago Acca, que conduz a linha de pesquisa Acesso à Terra do CPJA, há diversos imóveis ociosos no Brasil – não utilizados, subutilizados ou não edificados. Essa realidade, segundo ele, pode levar à especulação imobiliária, ao aumento do preço da terra e à degradação do entorno no qual se insere um prédio, uma casa ou um terreno.
O programa “Política Urbana Agora”, nesta primeira edição, aborda questões como os desafios para aplicação do PEUC, os critérios previstos legalmente para qualificar um imóvel como ocioso, as vantagens e desvantagens da aplicação desses instrumentos constitucionais e como os diferentes setores da sociedade, da administração pública e da academia se posicionam sobre o tema e a interpretação desses instrumentos pelo Poder Judiciário. Para Thiago Acca, “essa é uma agenda que interessa a todos aqueles que se preocupam com sua cidade e buscam o desenvolvimento de uma política urbana capaz de se tornar uma política de Estado a fim de construirmos um ambiente urbano harmonioso, inclusivo e sustentável”.