O impacto das novas relações de trabalho em saúde é o tema do próximo Centro de Estudo Miguel Murat de Vasconcellos da Escola (Ceensp), que acontecerá na quarta-feira, dia 27 de julho, às 14h, no salão internacional da ENSP. O encontro terá como palestrantes as pesquisadoras Ana Paula Pereira Marques, do Centro Interdisciplinar de Ciências Sociais, da Universidade do Minho; e Marilene Castilho de Sá, do Departamento de Administração e Planejamento em Saúde da ENSP que falarão, respectivamente, sobre a abordagem sociológica do trabalho e a perspectiva da subjetividade pensando a gestão e os desafios da contemporaneidade. O Ceensp Destinos do trabalho na contemporaneidade: implicações para o trabalho em saúde será coordenado pela pesquisadora do Departamento de Ciências Sociais, Maria Inês Carsalade Martins e é aberto a todos os interessados.
Maria Inês comentou que a realização deste Ceensp nasceu das discussões de um grupo de pesquisa, integrado por participantes de diversos departamento e instituições nacionais e internacionais, que se debruçam conjuntamente sobre o tema há oito anos e realizam encontros e cursos periódicos, como o Curso de Inverno, que está acontecendo na ENSP neste mês de julho, com a participação de Ana Paula Marques. “Em nossas discussões, procuramos fazer uma abordagem interdisciplinar da questão do trabalho e seus diferentes olhares, cujo foco são as mudanças no mundo do trabalho a partir da reestruturação produtiva e o impacto do trabalho em saúde”, comentou ela, dizendo ainda que durante o Ceensp serão tratadas as novas relações de trabalho na área da saúde, como os contratos com as Organizações Sociais (OS); a pouca oferta da atenção direta no setor público, o que aumenta as terceirizações e contratos temporários; e ainda o impacto disso tanto nas relações de trabalho como na perspectiva subjetiva.
Além de Maria Inês e Ana Paula, também são membros do grupo de pesquisa Simone de Oliveira, do Centro de Estudos em Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana (Cesteh), Isabel Lamarca, do Departamento de Ciências Sociais, Marcia Teixeira, do Departamento de Administração e Planejamento em Saúde da ENSP, Isabela Cardoso Pinto, do Instituto de Saúde Coletiva da Bahia, e Kátia Medeiros, do Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães (Fiocruz Pernambuco). Este grupo também integra o GTTrabalho e Educação da Associação Brasileira de Saúde Coletiva.
O Centro de Estudos em 2016
O Centro de Estudos Miguel Murat de Vasconcellos retomou suas atividades em 2016 debatendo o Estado da arte sobre a epidemia do Zika vírus: o que já sabemos e o que ainda precisamos saber, com participação do diretor da Fiocruz Mato Grosso do Sul, Rivaldo Venâncio da Cunha, da pesquisadora do Instituto Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz) Maria Elizabeth Lopes Moreira e da pesquisadora do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) Patricia Carvalho de Serqueira.
O segundo encontro do ano, que reforçou a atuação da Escola em relação à epidemia, abordou o tema Zika: a ética em pesquisas e em questões de gênero, com participação do coordenador da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep), Jorge Venâncio, e da pesquisadora da Universidade de Brasília Débora Diniz.
O Cenário atual das políticas de saúde no Brasil pautou o terceiro Ceensp de 2016. A atividade foi coordenada pelo pesquisador do Departamento de Ciências Sociais da ENSP (DCS) Nilson do Rosário Costa e recebeu como palestrantes Ligia Bahia, do Núcleo de Estudos de Saúde Coletiva da UFRJ (Nesc), e Mario Roberto Dal Poz, do Instituto de Medicina Social da Uerj.
O quarto Ceensp do ano debateu A atuação das vigilâncias do campo da saúde nas Olimpíadas de 2016. A atividade contou com a presença de Cláudio Maierovitch, diretor de Vigilância das Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Arnaldo Lassance, subsecretário de Vigilância, Fiscalização Sanitária e Controle de Zoonoses (Subvisa/RJ), e Rodolfo Nunes, representando a Gerência Geral de Portos, Aeroportos, Fronteiras e Recintos Alfandegados da Agência Nacional de Vigilância Sanitária. A atividade foi coordenada por Vera Pepe, responsável pelo Cecovisa.
Resíduos de agrotóxicos nos alimentos e Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) foi o tema da quinta sessão do Ceensp em 2016. A atividade teve participação da Diretora da Secretaria Executiva da Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional, Patricia Chaves Gentil, do produtor de alimentos orgânicos Alcimar Espírito Santo e do pesquisador Luiz Claudio Meirelles (ENSP/Fiocruz). O diretor da ENSP, Hermano Castro, coordenou o evento.
O sexto Centro de Estudos de 2016 debateu As perspectivas e desafios da resistência microbiana. A atividade contou com a participação da professora da Faculdade de Medicina/UFRJ e representante da Organização Mundial da Saúde (OMS) Carmem Lucia Pessoa da Silva, o gerente-geral de Tecnologia em Serviços de Saúde da Anvisa, Diogo Penha Soares, e a pesquisadora do Instituto Oswaldo Criz (IOC/Fiocruz) Marise Dutra Asensi. O Ceensp foi coordenado pela pesquisadora da ENSP Lenice Gnocchi da Costa Reis.
A sétima edição do Centro de Estudos Miguel Murat de Vasconcellos da ENSP em 2016 abordou A defesa do direito das pessoas privadas de liberdade à saúde: o papel do Ministério Público, com participação Érica Puppim, do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, Bernard Larouzé, professor da Sorbonne Universités de Paris, além das pesquisadoras da ENSP Maria Cecília Minayo e Alexandra Sanches. A sessão promoveu o lançamento do número temático da Revista Ciência & Saúde Coletiva, da Abrasco.
O oitavo Ceensp falou sobre O processo de implantação da atenção pré-hospitalar no Brasil e teve participação das pesquisadoras da ENSP Gisele O' Dwyer, coordenadora do Projeto Teias - Escola Manguinhos, e Luciana Dias Lima, do Departamento de Administração e Planejamento em Saúde. No evento, foi apresentada a pesquisa O processo de implantação da urgência pré-hospitalar no Brasil, que analisou as fragilidades e potências das redes de urgência nos estados brasileiros.
O novo Ceensp desse ano teve como tema Vigilância em Saúde e Participação Popular e contou com a participação dos pesquisadores da ENSP, Marcelo Firpo e Paulo Sabroza. A atividade foi coordenada pelo pesquisador Gil Sevalho.