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quinta-feira, 13 de outubro de 2016

Centro de Estudos da ENSP discutiu política de comunicação da Fiocruz

Tratada como área estratégica desde os tempos em que os pioneiros da Fiocruz registravam e publicavam suas expedições científicas, a comunicação da fundação vem passando por uma série de transformações importantes nas últimas décadas, o que fez surgir a necessidade uma política própria para o setor. Em discussão desde junho de 2015, a Política de Comunicação da Fiocruz esteve em consulta pública até o último dia 9 de setembro e agora aguarda que a câmara técnica responsável analise todo conteúdo enviado colaborativamente nesta consulta, para apresentá-lo ao Conselho Deliberativo da Fiocruz. Entre outros eventos em que se discutiu o tema, foi realizado no dia 5 de setembro um debate no Centro de Estudos Miguel Murat de Vasconcellos da ENSP (Ceensp), com a participação de Rogério Lannes, coordenador do programa Radis e do vice-diretor do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica (Icict/Fiocruz), Rodrigo Murtinho.

Primeiro a falar, Rodrigo Murtinho lembrou a importância de se discutir a comunicação pública a partir do conflito público x privado que caracteriza a sociedade brasileira. A partir de uma pesquisa feita pela Fundação Perseu Abramo, Rodrigo mostrou como a maior parte da sociedade compreende a comunicação apenas a partir de seu aspecto comercial.

- Nessa pesquisa, foi perguntado que interesses eram defendidos pelos grupos privados de comunicação e a maioria respondeu: o de seus próprios donos, dos políticos e dos mais ricos. O curioso é que no Brasil, muitas vezes, trata-se da mesma pessoa, uma vez que é comum que políticos sejam concessionários de canais de comunicação. Essa mesma pesquisa revelou que mais de 60% das pessoas não consegue reconhecer que as emissoras são canais públicos, ocupados por empresas privadas. Veja no vídeo a fala completa de Rodrigo Murtinho.
 
Em seguida a Rodrigo, Rogério Lannes fez um breve histórico da comunicação na Fiocruz.

- Há uma valorização da informação e comunicação desde os primórdios da fundação. Oswaldo Cruz, por exemplo, criou Mamórias do IOC, uma revista que foi bastante pioneira para o Brasil da época. As expedições, também, sempre contaram com audiovisual e fotografia. A década de 1980 marca uma inflexão importante. No período do Arouca é muito fortalecida a ideia de que que a comunicação teria que ser feita pela sociedade também, compreendendo que as transformações que vinham com a reforma sanitária só seriam possíveis mediante uma articulação grande com a sociedade, entidades sindicais, etc.

Tratando também de transformações que vieram nos anos 1990, com a criação de novos canais de comunicação, em múltiplos formatos,  Rogério Lannes terminou sua fala explicando a necessidade de se formular oficialmente uma política de comunicação que reafirme seu papel estratégico na relação entre a fundação e a sociedade. Veja no vídeo a fala completa de Rogério Lannes.