De 18 de janeiro a 1º de abril, a Galeria de Artes Visuais do Oi Futuro BH recebe a exposição “Brassaï, Paris La Nuit”. A mostra apresenta 97 trabalhos do fotógrafo húngaro Brassaï que, concluída a 1ª Guerra Mundial, documentou, como nenhum outro artista, a Paris cosmopolita, modernista e aberta ao mundo.
Escultor, desenhista, jornalista, escritor e fotógrafo, Brassaï (pseudônimo do húngaro naturalizado francês Gyula Halász, nascido a 9 de setembro de 1899 em Brasov e morto em 8 de julho de 1984, em Nice) sempre teve em mente forçar os limites da fotografia e por causa disso sua obra faz eco até hoje. Poucos fotógrafos exploraram com tanta sem-cerimônia a fronteira entre a fotografia e a pintura quanto Brassaï.
O nome Brassaï vinha de Brasso, na Transilvânia. Na infância, ele frequentou em Berlim os círculos intelectuais nos quais flanavam de Moholy-Nagy a Kandinski, de Kokoschka a Varèse. Em 1924, em sua chegada definitiva a Paris, aprendeu francês lendo Proust, segundo seus biógrafos, e ligou-se profundamente ao mais importante grupo de poetas e escritores da época. Com Henri Michaux, Queneau, Fargue, Desnos, Prévert e Reverdy, Brassaï enveredou pelo caminho do jornalismo e partilhou com entusiasmo da festa artística que se insinuava planetária no início vibrante do século 20.
Como jornalista, inicialmente escrevia usando fotografias de André Kertész para ilustrar suas reportagens. Somente seis anos depois tomou coragem para fazer as próprias fotos. Suas visões da noite incluíram toda a fauna noturna: malandros, prostitutas, travestis, homossexuais. Henry Miller o chamou de “olho vivo”. Usava a cidade como um palco de teatro, uma cenografia envolvendo seus personagens – era obcecado pela realidade e pelo significado do homem inserido na realidade.
De 18 de janeiro a 01 de abril de 2012
Terça a sábado, de 11 às 21 horas e domingo, de 11 às 19 horas
Local: Galeria de Artes Visuais do Oi Futuro – Av. Afonso Pena, 4001 – Mangabeiras
Entrada free
Informações: 3229-3131