Vídeo instalação e instalação sonora que dão forma à questão dos “mortos em e sem confronto”, no meio das ações policiais armadas na cidade do Rio de Janeiro, em nome de uma política de pacificação (2007/2011). Curadoria Luiz Camillo Osorio. 12 de novembro de 2011 a 15 de janeiro de 2012.
A exposição (+10) conta com três obras inéditas do artista Jorge Emmanuel, feitas especialmente para o foyer do MAM. Com curadoria de Luiz Camillo Osorio, serão apresentadas a instalação “(+9)”, o objeto luminoso “(+1)” e a ocupação espacial sonora “Salto”, em colaboração com o artista Bruno Jacomino.
“O Foyer, pelas características híbridas - lugar de passagem, circulação, sala entre a rua e o museu - suscita certa transdisciplinariedade, deslocamento de campos artísticos. Este espaço tem servido tanto para mostrar trabalhos de artistas em inicio de carreira, quanto para mostrar trabalhos recentes de artistas com carreira desenvolvida, sob a forma de instalações específicas, como é o caso do artista Jorge Emmanuel”, afirma curadoria do MAM Rio.
Os trabalhos fazem parte de uma pesquisa que Jorge Emmanuel vem desenvolvendo desde 2000, em que trabalha a partir de imagens de rostos. Há dois anos, o artista encontrou em uma reportagem de jornal rostos de pessoas que perderam a vida, de modo sumário, pela polícia do Rio de Janeiro. “Estes retratos me chamaram muita atenção e resolvi e resolvi agora desarquivar as imagens com os trabalhos que preparei para o museu,” conta o artista.
A partir disso, Jorge Emmanuel criou a instalação (+9), que ele denomina como sendo “um grande relevo espacial de madeira, de contornos irregulares, que chegam à 6m x 3m em seus pontos extremos”. O relevo espacial suspenso, que ficará preso ao teto do museu, é composto por 15 paletes – estrados usados para transporte de carga – pesando aproximadamente 250 quilos, onde em seu interior é possível ver impressões em ploters, em preto e branco, de rostos “sem vida”, de nove mortos pela polícia. As imagens têm dimensões variáveis, que vão de 1m20 x 1m a 30cm x 30cm. “É como se fosse um relicário, um muro de lamentações, pois são imagens agrupadas de pessoas que já se foram”, diz o artista. Entre as frestas de madeira e as imagens, há uma luz negra que, ao incidir sobre o branco da imagem, “gera a desmaterialização das fotografias em imagens de aura azul, quase uma projeção cinematográfica”.
Esta é a primeira vez que o artista utiliza esses estrados de madeira em um trabalho. “O material tem uma precariedade e uma construção plástica forte, o que cria um diálogo muito íntimo com as imagens”, afirma.
Jorge Emmanuel também apresentará o trabalho (+1), com a imagem de um rosto adesivado em tiras sobre sete lâmpadas fluorescentes acesas.
Próximo à escada do foyer, estará a obra “Salto”, que o artista chama de uma "ocupação espacial sonora", feita em colaboração com o artista Bruno Jacomino, na qual são emitidos
sons de passos e grilos. “É o preenchimento sonoro deste espaço plástico imaginário".
Os trabalhos fazem parte de uma pesquisa que Jorge Emmanuel vem desenvolvendo desde 2000, em que trabalha a partir de imagens de rostos. Há dois anos, o artista encontrou em uma reportagem de jornal rostos de pessoas que perderam a vida, de modo sumário, pela polícia do Rio de Janeiro. “Estes retratos me chamaram muita atenção e resolvi e resolvi agora desarquivar as imagens com os trabalhos que preparei para o museu,” conta o artista.
A partir disso, Jorge Emmanuel criou a instalação (+9), que ele denomina como sendo “um grande relevo espacial de madeira, de contornos irregulares, que chegam à 6m x 3m em seus pontos extremos”. O relevo espacial suspenso, que ficará preso ao teto do museu, é composto por 15 paletes – estrados usados para transporte de carga – pesando aproximadamente 250 quilos, onde em seu interior é possível ver impressões em ploters, em preto e branco, de rostos “sem vida”, de nove mortos pela polícia. As imagens têm dimensões variáveis, que vão de 1m20 x 1m a 30cm x 30cm. “É como se fosse um relicário, um muro de lamentações, pois são imagens agrupadas de pessoas que já se foram”, diz o artista. Entre as frestas de madeira e as imagens, há uma luz negra que, ao incidir sobre o branco da imagem, “gera a desmaterialização das fotografias em imagens de aura azul, quase uma projeção cinematográfica”.
Esta é a primeira vez que o artista utiliza esses estrados de madeira em um trabalho. “O material tem uma precariedade e uma construção plástica forte, o que cria um diálogo muito íntimo com as imagens”, afirma.
Jorge Emmanuel também apresentará o trabalho (+1), com a imagem de um rosto adesivado em tiras sobre sete lâmpadas fluorescentes acesas.
Próximo à escada do foyer, estará a obra “Salto”, que o artista chama de uma "ocupação espacial sonora", feita em colaboração com o artista Bruno Jacomino, na qual são emitidos
sons de passos e grilos. “É o preenchimento sonoro deste espaço plástico imaginário".