A governança dos cabos submarinos é um tema muito pouco discutido no mundo. São mais de 300 rodovias de alta velocidade das telecomunicações, por onde transitam 99% dos pacotes de dados mundiais, graças a uma tecnologia dominada por poucas empresas privadas. Desde os anos 1990, essa expansão não se fez de maneira homogênea e chega a causar grandes desigualdades sobre os preços praticados nos países, de acordo com a existência ou não de concorrência no setor e a expansão da rede de infraestrutura. Após dois anos de trabalho a ONG Internet Sem fronteiras – Brasil e o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (IDEC), em parceria com a Escola de Direito do Rio de Janeiro (FGV Direito Rio), organizam, no dia 31 de outubro, o seminário "As rotas invisíveis da Internet: acesso, vigilância e bens comuns", que será realizado Sede FGV (Praia de Botafogo, 190. Botafogo, Rio de Janeiro/RJ).
Além da FGV, o evento conta com apoio do Comitê Gestor da Internet (CGI.br/NIC.br), do Consulado da França no Rio de Janeiro e do Instituto Francês. Trata-se de uma iniciativa inédita para aprofundar o conhecimento coletivo sobre a governança dessas infraestruturas, reunindo atores de todos os setores, e assim contribuir para o aumento da conectividade no Brasil, que nos próximos anos vai receber, no mínimo, cinco novos cabos. Entre eles está o cabo Ellalink que conectará o Brasil à Europa com uma capacidade maior que todos os demais, conectando atualmente o Brasil e um modelo de governança inovador.
O seminário vai contar com a participação de Artur Coimbra (Diretor de Banda Larga no MCTIC - Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações), João Pedro Flecha (Diretor executivo da empresa EllaLink), Félix Blanc (pesquisador da Internet Sans Frontières), Jamila Venturini (Intervozes), Michael Stanton (Cientista de rede na RNP - Rede Nacional de Pesquisa), Luca Belli (Pesquisador e professor sobre governança da Internet e regulação na FGV - Fundação Getúlio Vargas), Percival Henriques (Conselheiro do Comitê Gestor da Internet), além de representantes da ANATEL, Telebras, UIT (União internacional de telecomunicações), Angola Cables, NUPEF, ABRINT, UNICAMP, Data Labe, Clube de engenharia, UFRJ, Instituto Braudel, NetRocinha, ETICE (Empresa de Tecnologia da Informação do Ceará), entre outros.
Para mais informações e inscrições, acesse o site.