Palácio Gustavo Capanema, no Rio de Janeiro, receberá, no dia 26 de julho, a audiência pública que instituirá o Dia Estadual do Jongo no calendário do estado do Rio de Janeiro. O evento terá início às 14h, com a exibição do documentário “Passados Presentes” (Labhoi/UFF – Pontão do Jongo).
Em seguida, às 15h,serão realizados um debate e uma homenagem à Tia Maria do Jongo, importante figura para a disseminação do Jongo na cultural carioca. Às 17h, para a finalização do evento, será apresentada uma Grande Roda, com Jongo da Serrinha e 16 rodas de todo o estado.
O Jongo, manifestação cultural registrada pelo Iphan, em dezembro de 2005, como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil e também conhecido como Tambu, Tambor e Caxambu, é uma forma de expressão afro-brasileira que integra percussão de tambores, dança coletiva e práticas de magia. Por seu intermédio, os membros da comunidade atualizam suas crenças nos ancestrais e no poder da palavra.
O canto, baseado em provérbios, metáforas e mensagens cifradas, permite aos praticantes relatarem os acontecimentos do cotidiano e reverenciarem os antepassados. Presente em todos os estados do sudeste brasileiro, é uma herança cultural dos grupos bantos da África Meridional que foram trazidos ao Brasil para trabalhar como escravos nas fazendas de café, entre os séculos XVI e XIX. Atualmente, ainda está presente em periferias urbanas e em algumas comunidades rurais da região.