Exposição 'Registro de uma guerra surda'
Entre 1964 e 1985, o Brasil viveu sob um regime de exceção que se apoio fortemente em uma legislação autoritária, em um abrangente sistema de vigilância e repressão, e ações extra-oficiais contra opositores do regime, representadas por prisões ilegais, torturas, mortes suspeitas e desaparecimento. Durante o período, grande quantidade de documentos foi produzida pelos órgãos oficiais de repressão política, como sumários informativos, fichas de polícia técnica, relatórios de atividades daqueles considerados "subversivos", fotos de atividades "suspeitas" e pareceres da censura.
Hoje, essa documentação encontra-se guardada no Arquivo Nacional e também em arquivos regionais Brasil afora. O projeto Memórias Reveladas, que busca organizar e divulgar estes acervos e manter viva a memória deste período, traz a público a exposição Registros de uma guerra surda, uma amostra não apenas da documentação oficial, mas também daquilo que foi produzido por órgãos de imprensa e organizações que se dedicavam a combater o regime.
A partir do sexto ano o interesse do aluno já poderá ser despertado pela temática da exposição. A história recente do Brasil e questões que vêem sendo discutidas ultimamente (inclusive com ecos na grande imprensa, como a condenação do Brasil pelo tribunal Interamericano, em conseqüência da não-investigação de casos de violação dos direitos humanos durante a ditadura militar) representam um ponto fundamental na educação escolar, e parte integrante do currículo.
Além da rede regular de ensino, o ensino de jovens e adultos só teria a se beneficiar do conhecimento e das discussões que a exposição proporciona, posto que a educação política é parte crucial da formação cívica dos brasileiros.
Além da rede regular de ensino, o ensino de jovens e adultos só teria a se beneficiar do conhecimento e das discussões que a exposição proporciona, posto que a educação política é parte crucial da formação cívica dos brasileiros.
A exposição se divide em cinco módulos:
1. Institucionalização de um regime de exceção. A exposição abre com o golpe de 1964; emissão dos Atos Institucionais que pouco a pouco cercearam as liberdades políticas; estruturação do SNI, vigilância e serviço secreto; listas de cassados; o fechamento do Congresso Nacional.
2. Da repressão à reação. As greves e passeatas e a repressão a elas; prisão de manifestantes e militantes; organizações de luta armada: seqüestros, apreensões, prisões, atentados; guerrilha do Araguaia; censura às artes e à imprensa.
3. A face pública do regime. O terceiro módulo mostra a propaganda que os governos militares faziam de si mesmos. O milagre econômico; o patriotismo exacerbado em datas cívicas; o apoio de organizações civis.
4. O começo do fim. O início da abertura; a relutância do governo em abrir espaço para a democracia; o recrudescimento das greves e passeatas; imprensa alternativa; abertura gradual; movimento pela abertura e pela anistia; diretas já.
5. O projeto Memórias Reveladas. Ações regionais patrocinadas através do projeto Memórias Reveladas.
A mostra audiovisual na cave do Arquivo Nacional, paralela à exposição Registros de uma guerra surda, ocorre às segundas feiras, 10:30 e às quartas feiras, às 15:30.
A mostra audiovisual na cave do Arquivo Nacional, paralela à exposição Registros de uma Guerra Surda, ocorre às segundas-feiras às 10:30 e às quartas feiras às 15:30.
Os filmes exibidos na mostra incluem imagens de arquivo, curtas-metragem, produções independentes, registros pessoais, e envolvem temas como repressão, militância, movimentos sindical e estudantil, propaganda ideológica, exílio, golpes militares na América Latina.
Programação de julho
Dias 4 e 6 de julho
Araguaya, a Conspiração do Silêncio. De Ronaldo Duque. 2004. 105 min.
Dias 11 e 13 de julho
Bloco Recine. Uma coletânea de curtas produzidos nas oficinas do Festival Internacional de Cinemas de Arquivo.
Dias 18 e 20 de julho
Instantâneos da realidade. De Paulo Fontenelle. 2004. 145 min.
Dias 25 e 27 de julho
Eles não usam black-tie. De Leon Hirszman. 1981. 120 minutos
CINEMA NO ARQUIVO 2011 e REGISTROS DE UMA GUERRA SURDA: 1964-1985
Todas as quintas-feiras, às 17h, no auditório principal ocorre a mostra de filmes do Cinema no Arquivo e Registros de uma Guerra Surda.
Dia 14 de julho
Vlado. Direção: João Batista de Andrade. 2005. 84 minutos.
Dia 21 de julho.
Caparaó. Direção: Flávio Frederico. 2007. 77 minutos
Dia 28 de julho.
O dia que durou 21 anos. Direção: Camilo Tavares. 2011. 78 min.
Endereço: Praça da República, 173, Centro, Rio de Janeiro
Horário: 08h30 às 18h
Informações no telefone 2179-1273 ou e-mail pi@arquivonacional.gov.br
Entrada franca
Os filmes exibidos na mostra incluem imagens de arquivo, curtas-metragem, produções independentes, registros pessoais, e envolvem temas como repressão, militância, movimentos sindical e estudantil, propaganda ideológica, exílio, golpes militares na América Latina.
Programação de julho
Dias 4 e 6 de julho
Araguaya, a Conspiração do Silêncio. De Ronaldo Duque. 2004. 105 min.
Dias 11 e 13 de julho
Bloco Recine. Uma coletânea de curtas produzidos nas oficinas do Festival Internacional de Cinemas de Arquivo.
Dias 18 e 20 de julho
Instantâneos da realidade. De Paulo Fontenelle. 2004. 145 min.
Dias 25 e 27 de julho
Eles não usam black-tie. De Leon Hirszman. 1981. 120 minutos
CINEMA NO ARQUIVO 2011 e REGISTROS DE UMA GUERRA SURDA: 1964-1985
Todas as quintas-feiras, às 17h, no auditório principal ocorre a mostra de filmes do Cinema no Arquivo e Registros de uma Guerra Surda.
Dia 14 de julho
Vlado. Direção: João Batista de Andrade. 2005. 84 minutos.
Dia 21 de julho.
Caparaó. Direção: Flávio Frederico. 2007. 77 minutos
Dia 28 de julho.
O dia que durou 21 anos. Direção: Camilo Tavares. 2011. 78 min.
Endereço: Praça da República, 173, Centro, Rio de Janeiro
Horário: 08h30 às 18h
Informações no telefone 2179-1273 ou e-mail pi@arquivonacional.gov.br
Entrada franca