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segunda-feira, 11 de julho de 2011

Exposição Fotográfica "I am a Cliché"

I am a Cliché – Ecos da estética Punk
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Organizada na França, mostra chega ao Brasil para expor a visão de 12 consagrados artistas sobre o movimento nascido nos subúrbios ingleses

A mostra

Entre os dias 11 de julho e 2 de outubro, a exposição I am a Cliché – Ecos da estética Punk resgata a gênese plástica do estilo musical que rejeitou o convencional no Centro Cultural Banco do Brasil. Com título emprestado de uma composição da banda X-Ray Spex, a exposição reúne o olhar de 12 consagrados artistas sobre o status da imagem e suas metamorfoses dentro da estética punk: Andy Warhol, Bruce Conner, David Lamelas, David Wojnarowicz, Dennis Morris, Destroy All Monsters, Jamie Reid, Linder, Peter Hujar, Robert Mapplethorpe, Ronald Nameth e Stephen Shore.

sid-vicious-stockholm-sweden-1977_baixa-1.jpgAo todo, 150 obras, entre fotografias, fotocolagens, banners e instalações sobre as várias fases do movimento punk, estarão espalhados pelo segundo andar do CCBB. Dos silenciosos Screen Tests de Andy Warhol aos retratos icônicos de Patti Smith feitos por Mapplethorpe; das fotocolagens subversivas de Jamie Reid; dos corpos de palco distorcidos de Dennis Morris e Bruce Conner à apropriação das poses de estrelas do rock destronadas; das sombrias escapadas da cidade de Peter Hujar às capas dos discos da coleção de vinil de Thierry Planelle.

A seleção dos trabalhos foi feita por Emma Lavigne, curadora de arte contemporânea do Museu Nacional de Arte Moderna / CCI – Centre Culturel Georges Pompidou, na França, e a realização ficou por conta do Rencontres d’Arles, movimento respeitado por sua importância na área de mostras internacionais de fotografias. “A exposição aparece como palco e caixa de ressonância para a Blank Generation do hino de Richard Hell”, conta Emma, referindo-se à conhecida obra do cantor, compositor e baixista da banda pré-punk Television. “Numa época em que o rock parece ter sido sequestrado e diluído, a energia do punk, com uma mistura de humor e subversão, está sendo reativada por alguns artistas”, explica.


O punk no mundo e no Brasil
rimbaud-in-ny-duchamp-1978-79_baixa.jpgNum período pós-guerra, vivendo o auge da guerra fria, a Europa dos anos 70 se apresentava como um cenário propício ao surgimento de movimentos de contestação social. Dos subúrbios ingleses, grupos de jovens se rebelavam contra o modismo e todo tipo de controle, iniciando um movimento de deboche aos valores morais, sociais e políticos estampado no modo de se vestir, agir e pensar. O Punk surge como uma tentativa de destruir a estética e romper com os costumes, mas, ironicamente, se consolida como um
dos mais importantes movimentos plásticos do século passado. As roupas velhas e rasgadas, os cabelos coloridos e espetados e o rock’n'roll menos pretensioso e de poucos acordes, aos poucos, passaram a ser adotados como ideal de uma juventude que lutava contra a decadência social e tédio cultural.

No Brasil, o movimento teve início nos anos 80, momento em que a população lutava pela abertura política e pela liberdade de direitos. O primeiro festival de música punk aconteceu em São Paulo, no Sesc Pompéia, nos dias 27 e 28 de novembro de 1982, com o título “O começo do fim do mundo”. A banda gaúcha “Os Replicantes”, formada pelos músicos Vander Wildner, Claudio Heinz, Heron Heinz, Carlos Gerbase e Luciana Tomasi, é considerada uma das precursoras do movimento Punk no Brasil.

Informações úteis

De 11 de julho e 2 de outubro 2011
CCBB Rio de Janeiro
Rua Primeiro de Março, 66
Centro - Rio de Janeiro