Vivemos a era da sustentabilidade. A idéia de crescimento contínuo, da utilização irracional de recursos e do materialismo, foi considerada pela comunidade internacional, como um modelo socialmente injusto, ambientalmente incorreto e economicamente inviável, comprometendo condições de sobrevivência de gerações futuras.
Se a ótica da sustentabilidade deve levar em consideração os resultados econômicos, sociais e ambientais, assim também, o uso e desenvolvimento de tecnologias devem ser redirecionados, compreendendo produtos, técnicas ou metodologias reaplicáveis, que representem soluções de transformação social e ambiental e mudanças culturais decorrentes de sua implementação.
O recente relatório do Banco Mundial em Transferência Tecnológica (World Bank Report on Technology Transfer in the Developing World, 2008) enfatizou a necessidade da adoção de tecnologias em países em desenvolvimento, capazes de integram a preservação de recursos naturais, a organização social e o conhecimento técnico-científico. Importando, essencialmente, que sejam tecnologias efetivas e reaplicáveis, propiciando desenvolvimento sócio-econômico e ambiental.
Tecnologias ambientais e sociais não compreendem apenas tecnologias pontuais e individualizadas, mas também sistemas completos que incluem know-how, procedimentos, bens e serviços, equipamentos, processos de planejamento e gestão. A adoção de tecnologias sociais e ambientais pelos países Latino-americanos, deve compreender a interação entre os conhecimentos técnicos, ecológicos, sociais, econômicos, culturais e políticos, primar por parcerias inter e multi-institucionais, articular pesquisa e extensão e promover a gestão sustentável dos empreendimentos da região.
A ECOLATINA dissemina informações e conhecimentos sobre tecnologias ambientais e sociais, visando a ampliação de seu uso pelas organizações públicas e privadas, através de mecanismos de gestão que permitam, de forma mais efetiva, a replicação destas tecnologias e a difusão de conceitos. Tais estratégias aumentam exponencialmente a capacidade das organizações em termos de competitividade, desenvolvimento e atuação sustentável.