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terça-feira, 20 de setembro de 2011

I Seminário Internacional Economia Criativa




O mercado global de bens e serviços oriundos da economia criativa tem experimentado nos últimos anos um crescimento sem precedentes. “O valor das exportações anuais desse segmento alcançou US$ 592 bilhões em 2008, o que representa um crescimento médio anual de 14% no periodo de 2002-2008. Segundo a UNCTAD, as indústrias criativas são um dos setores mais dinâmicos do comércio internacional e a demanda global para os produtos criativos continuou crescendo, apesar da crise financeira e da recessão global de 2008.”
De acordo com a UNESCO, o comércio de bens criativos aumentou de US$ 205 para US$ 407 bilhões em 2008, com crescimento médio de 11.5% no periodo 2002-2008, praticamente dobrando de valor no periodo de seis anos.
A economia criativa tem sido compreendida como uma potencial alavanca para o desenvolvimento de muitas nações, sendo que mais de 60 países já realizam procedimentos sistemáticos de mapeamento do seu setor criativo. Em estágio mais amadurecido encontram-se os países desenvolvidos, notadamente os Estados Unidos, as principais economias européias – com destaque para o Reino Unido e a Austrália. Porém, mesmo estes ainda vislumbram as perspectivas de expansão do setor, inserindo o tema estrategicamente com papel de destaque em suas agendas econômicas.
Países emergentes e em desenvolvimento conseguem ter participações expressivas em áreas específicas. Porém há um vasto território inexplorado de possibilidades, que devem ser objeto de políticas públicas, concebidas e implementadas num ambiente de cooperação internacional, especialmente a chamada Cooperação Sul-Sul.
O seminário dará origem a uma edição especial da Revista Conjuntura Econômica, a ser lançada em setembro de 2011, tratando, pela primeira vez, sobre o tema economia criativa. Terá, ainda, cobertura jornalística e contará com um suplemento especial a ser distribuído aos patrocinadores e mailings dirigidos.


O evento será transmitido em tempo real através do Portal do IBRE da Fundação Getulio Vargas, e será feito um DVD, editado, com os principais pontos debatidos no evento. Ele também será distribuído aos patrocinadores e mailings dirigidos.



Programação Preliminar (Program/ English version)


Dia 20/09: 9h30 às 12h30
Abertura:
Renato Villela – Secretário de Estado de Fazenda – Governo do Estado do Rio de Janeiro
Marcelo Haddad – Diretor Executivo do Rio Negócios – Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro
Profº Luiz Guilherme Schymura – Diretor do IBRE/FGV
PAINEL I: Onde Tudo Começa: A Criatividade na Base da Revitalização Urbana
O objetivo deste painel é apresentar experiências bem sucedidas de revitalização urbana e de identificação e realização de potenciais e vocações criativas de cidades, com seus devidos impactos econômicos. O painel deverá ser composto por representantes de cidades, gestores líderes dos referidos processos. A premissa deste painel é a de que a cidade tem um papel crucial na economia da cultura e na distribuição de bens de base criativa, sendo esta uma característica muito própria dos grupos urbanos. Como não poderia deixar de ser, outro importante aspecto a ser abordado neste painel é a avaliação das possibilidades e do planejamento da cidade do Rio de Janeiro, em vista da Copa do Mundo e dos Jogos Olímpicos.
Moderador: Fábio Fonseca  – Instituto Iniciativa Cultural
Debatedores:
Washington Fajardo – Coordenador do Programa Rio Distrito de Criatividade – Prefeitura do Rio de Janeiro
Lilian Natal – Gerente de Comunicação – São Paulo Turismo -Prefeitura de São Paulo
Leydi Higidio  – Economista Universidad  Autónoma  de Occidente -  Cali- Colômbia
Karen Cesar – Designer, empresária do segmento criativo e Fundadora da Red Bandana Multiexperiências de Marca
Heliana Marinho -  Gerente de Economia Criativa -  SEBRAE/RJ
Julia  Zardo – Gerente do Instituto Gênesis – PUC- RIO
14h30 às 17h30
PAINEL II: Governos e a Economia Criativa: A Nova Economia Requer um Novo Estado?
O objetivo deste painel é a apresentação das perspectivas e desafios de governos em todos os níveis – do local ao nacional – diante das demandas geradas pela nova economia. A economia derivada da distribuição de bens produzidos com base na criatividade, na cultura e na propriedade intelectual, exige novas estratégias, estruturas e políticas, sejam das mais diferentes esferas, tais como da cultura, trabalho e renda, agências de capacitação, órgãos de financiamento etc. O Estado, como dinamizador das relações, fomentando as interações necessárias entre seus departamentos, iniciativa privada e empreendedores, e criando um ambiente fecundo para o desenvolvimento do setor criativo, deve equipar-se de novos conceitos de desenvolvimento bem como de metodologias de operação e mensuração análogas a esses novos paradigmas.
Moderadora: Lidia Goldenstein – Economista da Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP
Debatedores:
Mário Borghini – Diretor de Desenvolvimento Econômico Estratégico – Instituto Pereira Passos  – Prefeitura do Rio de Janeiro
Kevin McManus – Fundador da ACME – Creative Industries Business Support / Liverpool (UK)
Luciane Leite – Diretora de Turismo e Entretenimento -  São Paulo Turismo – Prefeitura de São Paulo
18h – Coquetel
Dia 21/09: 9h30 às 12h30
PAINEL III: Os Direitos Autorais e o acesso aos Bens Culturais 
A Propriedade Intelectual ocupa um papel central na sociedade do conhecimento. A globalização, a revolução digital e as novas tecnologias apresentam riscos e oportunidades para autores, empreendedores criativos e nações. Ainda que existam importantes balizas internacionais para a regulação do setor – a Convenção de Berna e o Acordo TRIPS -, elas e também os gestores públicos nacionais se vêem diante dos desafios postos pelo novo cenário, entre eles o de conjugar a garantia dos legítimos direitos dos autores e criadores com os interesses dos investidores e com a necessidade de democratizar os meios de acesso ao consumo de bens culturais e intelectuais. O que fazer para incrementar o desenvolvimento inclusivo e justo dessa economia, promovendo um balanço entre os direitos privados e o interesse público? De que maneiras o novo quadro pode ser utilizado favoravelmente ao seu desenvolvimento? Estes são alguns dos temas a serem debatidos neste painel.
Moderadora: Luiz Moncau: Centro de Tecnologia e Sociedade – Direito Rio / FGV
Debatedores:
Volker Grassmuck – Professor  convidado da Universidade de Paderborn e Líder do “Projeto Wizard of OS”
Cliffor Luiz de Abreu Guimarães – Coordenador Geral de Difusão de Direitos Autorais e Acesso à Cultura – Diretoria de Direitos Intelectuais – Ministério da Cultura
Pablo Ortlellado – Professor Doutor – Grupo de Pesquisa em Políticas Públicas para o Acesso à Informação – Gpopai  / USP
Oona  Castro – Diretora Executiva – Overmundo
Marcos Bitelli – Sócio -  Bitelli Advogados 
14h30 às 17h30
PAINEL IV: A Economia Criativa Como Estratégia Para o Desenvolvimento
O mercado global de bens e serviços oriundos da economia criativa tem experimentado nos últimos anos um crescimento sem precedentes. O valor das exportações anuais desse segmento saltou de U$ 227 bi para U$ 424 bi apenas entre os anos de 1996 e 2005, representando um crescimento médio anual de 8,7% de participação no comércio global, segundo a UNCTAD. De acordo com o Banco Mundial, a economia criativa representa cerca de 7% do PIB mundial.
A criatividade é inerente à condição humana; e a cultura um dos ativos econômicos mais democráticos, sendo esta um dos fatores constituintes de todas as sociedades humanas, independentemente do seu estágio de desenvolvimento e prosperidade. Justamente por esse aspecto, a economia criativa tem sido compreendida como uma potencial alavanca para o desenvolvimento de muitas nações. Países emergentes, como o Brasil, a Índia e a China, têm participações expressivas em áreas específicas. África do Sul, Nigéria, Gana e outros países africanos também experimentam sucessos pontuais. Porém há um vasto território inexplorado de possibilidades, as quais devem ser objeto das políticas públicas desses países, concebidas e implementadas num ambiente de cooperação internacional, especialmente a chamada Cooperação Sul-Sul. A proposta deste painel é a reunião de gestores nacionais e das Nações Unidas, compartilhando experiências e trazendo apontamentos para o planejamento estratégico do setor.



Moderador: Alessandra Meleiro (Instituto Iniciativa Cultural/ UFF)
Debatedores:
Edna dos Santos-Duisenberg: Chefe do Programa Economia Criativa da UNCTAD. Leia: Mensagem e Apoio Institucional ao Seminário da UNCTAD
Eduardo Carlos Ferreira – Superintendente de Microinvestimentos – Banco Itaú/Unibanco
Marcos André Carvalho – Coordenador de Economia Criativa – Secretaria de Estado de Cultura do Rio de Janeiro
David Parrish – Consultor Internacional de empreendimentos criativos – Fomentador da Rede T-Shirts and Suits. Veja: Apresentação David Parrish em power point. Veja vídeo em https://files.me.com/daveparrish/vv4hnf.mov
Luciane Fernandes Gorgulho – Chefe do Departamento de Cultura – BNDES


Público Alvo
Empresas e empreendedores culturais e criativos de modo geral
Artistas, autores e criadores de conteúdo criativo.
Gestores Públicos das áreas de cultura, trabalho e renda, desenvolvimento etc.
Instituições públicas
Entidades privadas atuantes no desenvolvimento econômico local/nacional
Especialistas, pesquisadores e acadêmicos
Entidades e associações culturais



Local: Fundação Getulio Vargas
Endereço: Praia de Botafogo, 190 – Auditório, 12. andar – (Rio de Janeiro/ RJ)
Data: 20 e 21 de Setembro de 2011
Inscrições: encerradas.
Transmissão online ao vivo:  www.fgv.br/ibre
Leia: Matéria Publicada sobre o tema e o Seminário na Revista Fapesp (setembro/2011)
Mais informações: info@iniciativacultural.org.br