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quinta-feira, 5 de abril de 2018

Brasil está no rol dos países que carregam mais de 80% da carga global de TB


O Centro de Referência Professor Hélio Fraga, da Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP/Fiocruz), promoveu, no dia 23 de março, uma atividade alusiva ao Dia Mundial de Combate à Tuberculose, celebrado em 24 de março. Durante o encontro estiveram presentes Rivaldo Venâncio, representando a presidência da Fiocruz; Hermano Castro, diretor da ENSP; Jesus Pais Ramos, coordenador do Centro de Referência Professor Hélio Fraga; Pablo Dias Fortes, pesquisador do Hélio Fraga; Otávio Maia Porto, coordenador Fio-TB/Fiocruz; e Carlos Basília, coordenador do Observatório Tuberculose Brasil/ENSP/Fiocruz. Na ocasião, o ativista e coordenador do Observatório Tuberculose Brasil, Carlos Basília, lembrou que a doença ainda é um desafio global e lamentou o fato da tuberculose superar a Aids como doença de maior letalidade no mundo. "A tuberculose não avançou, ela parou no tempo. O Brasil está no rol dos 30 países que carregam mais de 80% da carga global da doença", lamentou.

Coordenando a atividade o pesquisador do Hélio Fraga, Pablo Dias Fortes, fez uma homenagem a vereadora Marielle Franco, executada com o motorista Anderson Pedro Gomes, no dia 14 de março de 2018. Pablo leu as últimas palavras da vereadora. Após a leitura emocionada do texto, o pesquisador lembrou que a mesma população que Marielle se referia no texto - pobres, negros, moradores de favelas - é população mais afetada pela tuberculose. O ativista e coordenador do Observatório Tuberculose Brasil/ENSP/Fiocruz, Carlos Basília, falou brevemente sobre o trabalho do Observatório, criado para o monitoramento da tuberculose. Basília destacou também que o Centro de Referência Professor Hélio Fraga foi a primeira instituição a apoiar o Fórum de Organizações Não Governamentais na luta contra a tuberculose no Brasil.

O coordenador alertou que nos territórios vulneráveis a tuberculose assume sua pior forma. Em números, são 4.600 casos de mortes evitáveis a cada ano e 800 óbitos de tuberculose apenas no Rio de Janeiro. “A tuberculose ainda é um desafio global. Pela primeira vez a TB superou a Aids como doença de maior letalidade no mundo. A tuberculose não avançou, ela parou no tempo. O Brasil está no rol dos 30 países que carregam mais de 80% da carga global da doença”, lamentou Basília.

O coordenador do Centro de Referência Professor Hélio Fraga, Jesus Pais Ramos, também alertou para a questão das mortes evitáveis. Em sua fala, o diretor da ENSP, Hermano Castro, lembrou sua atuação como pneumologista e falou sobre a determinação social da doença. Representando a presidência da Fiocruz, Rivaldo Venâncio, afirmou que a luta contra a tuberculose é uma luta de todos aqueles que defendem a vida. Venâncio apontou ainda para a questão da TB em populações indígenas e citou a questão da violência.

Segundo ele, a violência é um grandioso problema de saúde pública. "150 mil pessoas morrem, ao ano, por causas externas (assassinatos, execução, crimes bárbaros, suicídio). A violência deve ser entendida como um grave problema de saúde pública e não apenas de segurança pública", afirmou. Venâncio abordou ainda a questão da determinação social do processo saúde-doença.