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quarta-feira, 11 de abril de 2018

Evento promove debate sobre limites da publicidade infantil no YouTube

Ao contrário do que acontece com os meios tradicionais de comunicação, não há uma regulação específica sobre a publicidade infantil na internet. Sobre esse assunto, no último dia 27, especialistas do Procon, Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), Instituto AlanaCásper Líbero e Pereira Neto Advogados reuniram-se na Escola de Direito de São Paulo (FGV Direito SP) e apresentaram casos e pesquisas que mostram como as empresas vêm se beneficiando com a falta de regulamentação para promover seus produtos na plataforma de vídeos.
“Se a plataforma diz que não é feita para maior de 18 anos, existe uma dissonância aqui”, explicou o advogado do Instituto Alana, Pedro Hartung, ao abrir o evento e mostrar os termos de acesso do YouTube. Crianças entre 0 e 12 anos já somam mais de 50 bilhões de visualizações na plataforma, segundo pesquisa da ESPM MEDIA LAB. “Hoje, o evento mais famoso é quando um youtuber está lá”, constatou.
Durante a apresentação, Hartung também falou sobre como as crianças que geram esse tipo de conteúdo estão expostas ao estresse do trabalho comum. Ainda representado o instituo Alana, a advogada Livia Cattaruzzi reforçou sobre os perigos do acesso feito pelas crianças e como as empresas estão se aproveitando deste momento. “O acesso é totalmente aberto. Você entra e vê os vídeos sem ter feito o cadastro”, explicou.
Para Cattaruzzi, exibir o dia a dia da criança atrelado ao “unboxing” (termo utilizado para vídeos que mostram crianças desembrulhando brinquedos) chamam a atenção da audiência e consequentemente das empresas. Os estudos apresentados durante o evento mostraram que as crianças não sabem diferenciar a publicidade do conteúdo.
Claudia Pontes de Almeida, do Idec, ressaltou a audiência desses canais. Utilizou como exemplo um canal que soma mais de 5 milhões de inscritos e tem como principal público crianças até os 10 anos de idade. Nos vídeos, é possível ver mãe e filha interagindo com produtos como material escolar, entre outras atividades. Segundo a especialista, o que parece ser espontâneo, não passa de estratégias corporativas. “A criança vê o youtuber como amigo”, concluiu.