O quadro macroeconômico neste começo de 2011 não é claro, havendo incerteza quanto a variáveis fora do controle – no que compete às autoridades brasileiras - e ambiguidades, por parte dos formuladores de política econômica. Na avaliação do economista Rodrigo de Moura, que participou do Seminário de Análise Conjuntural – nesta quarta-feira (16 de março) – o PIB deverá somar 4,1% este ano contra os 7,5% atingidos em 2010.
Para o especialista em análises econômicas Regis Bonelli a forte elevação da demanda interna (de consumo e investimento) registrada até o terceiro trimestre continuou, embora menos intensa: em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, caiu de 8,3% para 7,1% entre o terceiro e quarto trimestres do ano passado. “Ainda assim, são taxas muito elevadas para o potencial de crescimento da nossa economia. Em parte por isso, a pressão inflacionária tornou-se mais forte. Como reação, o BC adotou medidas macro-prudenciais em dezembro visando contrair o volume de crédito e aumentou os juros básicos (taxa SELIC) em 2011”, explicou.
No seminário, que contou ainda com apresentações dos economistas Salomão Quadros, Ignez Vidigal, Aloisio Campelo, Lia Valls, Gabriel Leal de Barros e Silvia Matos, observou-se um cenário de crescimento global ainda incerto nos países da OCDE como um todo — embora favorável para diversos emergentes. Alguns números são animadores: segundo Salomão Quadros, a inflação deste ano deverá ficar entre 5,3% e 5,95% contra os 5,91% registrados em 2010. Os alimentos, com peso de 20% no índice, também deverão ficar abaixo de 2010: entre 6% e 9% contra os 10,39% do ano que passou.
A inflação também vem sendo influenciada pelos aumentos dos preços de diversas commodities exportadas pelo Brasil que, apesar do câmbio valorizado, acabam parcialmente repassadas aos preços domésticos. Apesar disso, há diversos sinais de que a economia não está desacelerando como esperado. As poucas evidências disponíveis neste começo de 2011 apontam para: um mercado de trabalho muito aquecido, com taxa de desemprego mais baixa do que nunca (até janeiro); criação de novos postos de trabalho com carteira assinada bastante elevada até fevereiro; confiança do consumidor, do setor serviços e da indústria ainda em níveis elevados em fevereiro; rendas e salários em alta até janeiro.
Bonelli lembrou que no começo deste ano o MF anunciou cortes de R$ 50 bilhões no orçamento, com a finalidade de esfriar uma demanda que vinha crescendo rápido demais, pressionando a inflação. Mas ele teme que haja dúvidas quanto à viabilidade de um corte dessa magnitude.
Para o especialista em análises econômicas Regis Bonelli a forte elevação da demanda interna (de consumo e investimento) registrada até o terceiro trimestre continuou, embora menos intensa: em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, caiu de 8,3% para 7,1% entre o terceiro e quarto trimestres do ano passado. “Ainda assim, são taxas muito elevadas para o potencial de crescimento da nossa economia. Em parte por isso, a pressão inflacionária tornou-se mais forte. Como reação, o BC adotou medidas macro-prudenciais em dezembro visando contrair o volume de crédito e aumentou os juros básicos (taxa SELIC) em 2011”, explicou.
No seminário, que contou ainda com apresentações dos economistas Salomão Quadros, Ignez Vidigal, Aloisio Campelo, Lia Valls, Gabriel Leal de Barros e Silvia Matos, observou-se um cenário de crescimento global ainda incerto nos países da OCDE como um todo — embora favorável para diversos emergentes. Alguns números são animadores: segundo Salomão Quadros, a inflação deste ano deverá ficar entre 5,3% e 5,95% contra os 5,91% registrados em 2010. Os alimentos, com peso de 20% no índice, também deverão ficar abaixo de 2010: entre 6% e 9% contra os 10,39% do ano que passou.
A inflação também vem sendo influenciada pelos aumentos dos preços de diversas commodities exportadas pelo Brasil que, apesar do câmbio valorizado, acabam parcialmente repassadas aos preços domésticos. Apesar disso, há diversos sinais de que a economia não está desacelerando como esperado. As poucas evidências disponíveis neste começo de 2011 apontam para: um mercado de trabalho muito aquecido, com taxa de desemprego mais baixa do que nunca (até janeiro); criação de novos postos de trabalho com carteira assinada bastante elevada até fevereiro; confiança do consumidor, do setor serviços e da indústria ainda em níveis elevados em fevereiro; rendas e salários em alta até janeiro.
Bonelli lembrou que no começo deste ano o MF anunciou cortes de R$ 50 bilhões no orçamento, com a finalidade de esfriar uma demanda que vinha crescendo rápido demais, pressionando a inflação. Mas ele teme que haja dúvidas quanto à viabilidade de um corte dessa magnitude.