Mostra “2892” exibe obras inéditas do artista, uma das quais iniciada em 1993
Setenta lençóis brancos impregnados de memórias compõem uma das obras de Daniel Senise que estão sendo exibidas na Casa França-Brasil, do dia 14 de maio até 10 de julho. A mostra “2892” ocupará todos os espaços da instituição, inclusive o cofre, que abrigará “Crucifixão”, trabalho realizado pelo artista a partir de páginas de livros de arte provenientes de edições da década de 1950. Vinculada à Secretaria de Estado de Cultura do Rio de Janeiro, a Casa França-Brasil tem se notabilizado por apresentar mostras de arte contemporânea de grande impacto, promovendo a contemplação, a reflexão e a interatividade do público de todas as idades.
A exposição “2892”, de Daniel Senise, exibirá três conjuntos de obras – duas das quais inéditas – que se relacionam e tratam de temáticas recorrentes no trabalho do artista, além da obra que ocupará o cofre. O primeiro conjunto teve sua produção iniciada em 1993, quando Senise doou lençóis brancos ao Instituto Nacional do Câncer e a um motel da cidade do Rio de Janeiro. Os lençóis foram utilizados por 2892 pessoas, daí o nome da exposição – e devolvidos ao final de sua vida útil. Dezoito anos depois, o material será apresentado pela primeira vez.
Os setenta lençóis ocuparão o salão principal da casa França-Brasil, em duas paredes: de um lado, os de motel, “branco 2430”; do outro, os do hospital, “branco 462”, criando um imenso corredor, no qual o espectador se encontrará imerso em memórias. O conjunto desses trabalhos compõe um questionamento da linguagem pictórica contemporânea, a partir de lugares visitados constantemente pelo artista: a memória, o registro, o resíduo, a ausência.
Nas outras duas salas, Daniel Senise vai exibir duas séries de trabalhos. A primeira sala abrigará a série “Mil”, em que o artista executa telas com tijolos feitos com papel oriundo de material expositivo, como folders, catálogos e convites. Com esta operação, Senise recoloca esses materiais no circuito da arte, assumindo-os como seus tijolos, seu fundamento. A segunda série, “Silvio Romero, 34”, se constitui de fotografias do ateliê do artista – levadas de volta ao espaço do ateliê e colocadas no chão, para que fossem impressas com as marcas do uso. Dessa forma a obra tornou-se, também, parte do espaço de seu local de trabalho, exibindo pegadas, manchas e detritos em sua superfície.
A mostra de Senise ocupará ainda o espaço do antigo cofre da Casa França-Brasil, que vinha sendo utilizado em mostras paralelas às grandes exposições. Lá estará o trabalho “Crucifixão”, composto por páginas de livros de arte provenientes de edições da década de 1950. Dessas páginas foram destacadas as imagens da pintura “A Crucifixão”, de Matthias Grünewald.
A exposição “2892”, de Daniel Senise, exibirá três conjuntos de obras – duas das quais inéditas – que se relacionam e tratam de temáticas recorrentes no trabalho do artista, além da obra que ocupará o cofre. O primeiro conjunto teve sua produção iniciada em 1993, quando Senise doou lençóis brancos ao Instituto Nacional do Câncer e a um motel da cidade do Rio de Janeiro. Os lençóis foram utilizados por 2892 pessoas, daí o nome da exposição – e devolvidos ao final de sua vida útil. Dezoito anos depois, o material será apresentado pela primeira vez.
Os setenta lençóis ocuparão o salão principal da casa França-Brasil, em duas paredes: de um lado, os de motel, “branco 2430”; do outro, os do hospital, “branco 462”, criando um imenso corredor, no qual o espectador se encontrará imerso em memórias. O conjunto desses trabalhos compõe um questionamento da linguagem pictórica contemporânea, a partir de lugares visitados constantemente pelo artista: a memória, o registro, o resíduo, a ausência.
Nas outras duas salas, Daniel Senise vai exibir duas séries de trabalhos. A primeira sala abrigará a série “Mil”, em que o artista executa telas com tijolos feitos com papel oriundo de material expositivo, como folders, catálogos e convites. Com esta operação, Senise recoloca esses materiais no circuito da arte, assumindo-os como seus tijolos, seu fundamento. A segunda série, “Silvio Romero, 34”, se constitui de fotografias do ateliê do artista – levadas de volta ao espaço do ateliê e colocadas no chão, para que fossem impressas com as marcas do uso. Dessa forma a obra tornou-se, também, parte do espaço de seu local de trabalho, exibindo pegadas, manchas e detritos em sua superfície.
A mostra de Senise ocupará ainda o espaço do antigo cofre da Casa França-Brasil, que vinha sendo utilizado em mostras paralelas às grandes exposições. Lá estará o trabalho “Crucifixão”, composto por páginas de livros de arte provenientes de edições da década de 1950. Dessas páginas foram destacadas as imagens da pintura “A Crucifixão”, de Matthias Grünewald.
O artista
Daniel Senise nasceu em 1955, no Rio de Janeiro. Formou-se em engenharia civil em 1980, pela Universidade Federal do Rio de Janeiro; no ano seguinte ingressou na Escola de Artes Visuais do Parque Lage, onde participou de cursos livres até 1983. Foi professor na mesma escola de 1985 a 1996.
Desde os anos oitenta, o artista vem participando de mostras coletivas, entre as quais a Bienal de São Paulo, a Bienal de La Habana, em Cuba, a Bienal de Veneza, a Bienal de Liverpool e a Trienal de Nova Delhi, além de outras coletivas no MASP e no MAM de São Paulo, no Musee d’Art Moderne de la Ville de Paris, no MOMA, em New York, no Centre Georges Pompidou, em Paris, e no Museu Ludwig, em Colônia, Alemanha.
Daniel Senise tem exposto individualmente em museus e galerias no Brasil e no exterior, como o MAM do Rio de Janeiro; o MAC de Niterói; o Museu Oscar Niemeyer, em Curitiba; o Museum of Contemporary Art, em Chicago; o Museo de Arte Contemporáneo, em Monterrey, México; a Galeria Thomas Cohn Arte Contemporânea, no Rio de Janeiro; a Ramis Barquet Gallery e a Charles Cowley Gallery, em Nova York; Michel Vidal, em Paris; Galleri Engström, em Estocolmo; Galeria Camargo Vilaça, em São Paulo; Pulitzer Art Gallery, em Amsterdam; Diana Lowenstein Fine Arts, em Miami,; Galeria Silvia Cintra, no Rio de Janeiro; Galeria Vermelho, em São Paulo; e Galeria Graça Brandão, em Lisboa. Atualmente, vive e trabalha no Rio de Janeiro.
Desde os anos oitenta, o artista vem participando de mostras coletivas, entre as quais a Bienal de São Paulo, a Bienal de La Habana, em Cuba, a Bienal de Veneza, a Bienal de Liverpool e a Trienal de Nova Delhi, além de outras coletivas no MASP e no MAM de São Paulo, no Musee d’Art Moderne de la Ville de Paris, no MOMA, em New York, no Centre Georges Pompidou, em Paris, e no Museu Ludwig, em Colônia, Alemanha.
Daniel Senise tem exposto individualmente em museus e galerias no Brasil e no exterior, como o MAM do Rio de Janeiro; o MAC de Niterói; o Museu Oscar Niemeyer, em Curitiba; o Museum of Contemporary Art, em Chicago; o Museo de Arte Contemporáneo, em Monterrey, México; a Galeria Thomas Cohn Arte Contemporânea, no Rio de Janeiro; a Ramis Barquet Gallery e a Charles Cowley Gallery, em Nova York; Michel Vidal, em Paris; Galleri Engström, em Estocolmo; Galeria Camargo Vilaça, em São Paulo; Pulitzer Art Gallery, em Amsterdam; Diana Lowenstein Fine Arts, em Miami,; Galeria Silvia Cintra, no Rio de Janeiro; Galeria Vermelho, em São Paulo; e Galeria Graça Brandão, em Lisboa. Atualmente, vive e trabalha no Rio de Janeiro.